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Dias no Deserto
“Bendito
o homem que confia no Senhor e põe no Senhor a sua esperança.” (Jer 17, ?)
12 de
Março de 2020
Quinta-feira
da II Semana da Quaresma
“Amados
irmãos e irmãs! O tempo forte da Quaresma convida cada um de nós a reconhecer o
mistério de Deus, que se torna presente na nossa vida, ... Moisés vê no deserto
uma sarça ardente, mas que não se consome. Num primeiro momento, levado pela
curiosidade, aproxima-se para ver este acontecimento misterioso quando da sarça
sai uma voz que o chama, dizendo: "Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de
Abraão, de Isaac e de Jacob" (Êx 3,
6). E é precisamente este Deus que o volta a
enviar para o Egipto com o encargo de conduzir o povo de Israel para a terra
prometida, pedindo ao faraó, em Seu nome, a libertação de Israel. A este ponto,
Moisés pergunta a Deus qual é o Seu nome, o nome com o qual Deus mostra a Sua
particular autoridade, para se poder apresentar ao povo e depois ao faraó. A
resposta de Deus pode parecer estranha; parece um responder sem responder. Ele
diz simplesmente de Si: "Eu sou aquele que sou!". "Ele é",
e isto deve ser suficiente. Portanto, Deus não rejeitou o pedido de Moisés,
manifesta o próprio nome, criando assim a possibilidade da invocação, da
chamada, da relação. Ao revelar o seu nome Deus estabelece uma relação entre
ele e nós. Torna-se invocável, entra em relação connosco e dá-nos a
possibilidade de estar em relação com ele. Isto significa que Ele se entrega,
de qualquer modo, ao nosso mundo humano, tornando-se acessível, quase um de
nós. Enfrenta o risco da relação, do estar connosco. O que teve início junto da
sarça ardente no deserto cumpre-se junto da sarça ardente da cruz, onde Deus, tendo-se
tornado acessível no seu Filho feito homem, feito realmente um de nós, é
entregue nas nossas mãos e, deste mod0, realiza a libertação da humanidade. No
Gólgota Deus, que durante a noite da fuga do Egipto se revelou como aquele que
liberta da escravidão, revela-se como Aquele que abraça cada homem com o poder
salvífico da Cruz e da Ressurreição e o liberta do pecado e da morte, o aceita
no abraço do Seu amor.”
Bento XVI, «Homilia», 7 de Março de 2010
ORAÇÃO
Senhor, Pai santo, que amais a inocência e a
restituís aos que a perderam, dirigi para Vós os corações dos vossos servos
pelo fervor do Espírito Santo, para que sejam firmes na fé e eficientes nas
boas obras. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
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