40 DIAS NO DESERTO
“Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais
pequeninos, a mim mesmo o fizestes.” (Mt 25, 40)
02 de Março de 2020
Segunda-feira da I Semana da Quaresma
“…o Evangelho recorda-nos que Jesus, depois de ter
sido baptizado no rio Jordão, levado pelo Espírito Santo, que tinha descido
sobre Ele revelando-O como Cristo, retirou-se por quarenta dias para o deserto
da Judeia, onde venceu as tentações de satanás (cf. Mc 1, 12-13). Seguindo o
seu Mestre e Senhor, também os cristãos para enfrentar juntamente com Ele
"o combate contra o espírito do mal" entram espiritualmente no
deserto quaresmal.
A imagem do deserto é uma metáfora bastante eloquente
da condição humana. O Livro do Êxodo narra a experiência do povo de Israel que,
tendo saído do Egipto, peregrinou no deserto do Sinai durante quarenta anos
antes de chegar à terra prometida. Durante aquela longa viagem, os hebreus
conheceram toda a força e insistência do tentador, que os impelia a perder a
confiança no Senhor e voltar para trás; mas, ao mesmo tempo, graças à mediação
de Moisés, aprenderam a ouvir a voz de Deus, que os chamava a tornarem-se o seu
povo santo. Meditando sobre esta página bíblica, compreendemos que para
realizar plenamente a vida na liberdade é necessário superar a prova que a
própria liberdade exige, isto é, a tentação. Só estando livre da escravidão da
mentira e do pecado, a pessoa humana, graças à obediência da fé que a abre à
verdade, encontra o sentido pleno da sua existência e alcança a paz, o amor e a
alegria.
Precisamente por isto a Quaresma constitui um tempo
favorável para uma atenta revisão de vida no recolhimento, na oração e na
penitência.”
Bento XVI, «Angelus», 05/03/2004
ORAÇÃO
Convertei-nos a Vós, Deus, nosso
Salvador, e, para que nos seja proveitosa a penitência quaresmal, iluminai a
nossa alma com a doutrina celeste. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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