Novena de Natal
com o Papa Francisco
5º Dia: 20.Dezembro.2019
A minha boca cantará a
vossa glória.
Meditação
“Os pastores de Belém mostram-nos também
como ir ao encontro do Senhor. Velam durante a noite: não dormem, mas fazem
aquilo que Jesus nos pedirá várias vezes: vigiar (cf. Mt 25,
13; Mc 13, 35; Lc 21, 36). Permanecem vigilantes; aguardam,
acordados, na escuridão; e a glória de Deus «refulgiu
em volta deles» (Lc
2, 9).
O mesmo vale para nós. A nossa vida pode ser uma expetação, em que a
pessoa, mesmo nas noites dos problemas, se confia ao Senhor e O deseja; então
receberá a sua luz. Ou então uma pretensão, na qual contam apenas as
próprias forças e meios; mas, neste caso, o coração permanece fechado à luz de
Deus. O Senhor gosta de ser aguardado e não é possível aguardá-Lo no sofá,
dormindo. De facto, os pastores movem-se: «foram
apressadamente» – diz o texto (2, 16). Não ficam parados como quem sente ter
chegado a casa e não precisa de nada; mas partem, deixam o rebanho indefeso,
arriscam por Deus. E depois de terem visto Jesus, embora sem grande habilidade para
falar, vão anunciá-Lo, de modo que «todos
os que ouviram se admiravam do que lhes diziam os pastores» (2, 18).
Esperar acordado, ir, arriscar, contar a
beleza são gestos de amor. O bom Pastor, que vem no Natal para dar a
vida às ovelhas, na Páscoa dirigirá a Pedro, e através dele a todos nós, a
pergunta determinante: «Tu Me amas?» (Jo 21, 15). Da resposta,
dependerá o futuro do rebanho. Nesta noite, somos chamados a responder,
dizendo-Lhe também nós: «Sou deveras teu
amigo». A resposta de cada um é essencial para todo o rebanho.
«Vamos
a Belém…»
(Lc
2, 15):
assim disseram e fizeram os pastores. Também nós, Senhor, queremos vir a Belém.
O caminho, ainda hoje, é difícil: é preciso superar os cumes do egoísmo, evitar
escorregar nos precipícios da mundanidade e do consumismo. Quero chegar a
Belém, Senhor, porque é lá que me esperas. E dar-me conta de que Tu, colocado
numa manjedoura, és o pão da minha vida. Preciso da terna fragrância do
teu amor, a fim de tornar-me, por minha vez, pão repartido para o mundo.
Toma-me sobre os teus ombros, bom Pastor: amado por Ti, conseguirei também eu
amar tomando pela mão os irmãos. Então será Natal, quando Te puder dizer: «Senhor, Tu sabes tudo; Tu sabes que eu sou
deveras teu amigo!» (Jo
21, 17).”
Francisco, «Homilia» na Santa Missa da
Noite de Natal na Solenidade do Senhor, 24 de
Dezembro de 2018
Oração
Pai Nosso…
Senhor nosso Deus, que
revelastes ao mundo o esplendor da vossa glória pelo nascimento do Filho da
Virgem Maria, concedei-nos a graça de celebrar o grande mistério da encarnação
com verdadeira fé e sincera piedade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
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