Em Setembro de 1990 ou 91, recebia da Serva
de Deus Chiara Lubich, como Palavra de Vida, aquela que escutámos na 2ª leitura
de Santa Missa deste Domingo, da 1ª Carta aos Coríntios: “Julguei não dever saber outra
coisa entre vós a não ser Jesus Cristo, e este, crucificado” (1Cor 2, 2) e como nome novo a confirmação do
que me havia sido dado, pelos meus pais, no baptismo Marcelino, ao qual deveria
acrescentar “de Jesus Abandonado”. Marcelino de Jesus Abandonado, eis a
minha nova identidade, com a recomendação de que, ao menos por mim, não
voltasse a ecoar o grito de Abandonado no alto da Cruz: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?” (Mt 27, 46)
… de Jesus Abandonado.
É clara a minha missão, a minha vocação,
o desígnio de Deus sobre mim…
amar profundamente Jesus,
viver na mais íntima comunhão com o
Transfigurado
...e não permitir que o grito do
Abandonado:
“Meu
Deus, meu Deus, porquê me abandonaste?” (Mt 27, 46),
volte a ecoar sobre a face da terra.
Não permitir que, no Getsémani,
Jesus se volte a sentir sozinho,
na sua “tristeza
de morte” (Mt
26, 38)
e a dizer: “«Nem sequer pudeste vigiar uma hora comigo!” (Mt 26, 40)
Que em circunstância alguma,
o Verbo de Deus, feito Homem das Dores,
se volte a sentir Abandonado e só…
A minha missão, a minha vocação,
o desígnio de Deus sobre mim…
amá-LO, adorá-LO, contemplá-LO,
conformar-me a Ele,
ser seu companheiro e vigiar com Ele (cf. Mt 26, 38) ...
Mesmo que todos Vos abandonem, Jesus,
concedei-me a graça de Vos ser fiel
e jamais Vos deixar só…
A minha missão, a minha vocação,
o Vosso desígnio de amor sobre mim…
Amar-Vos, ser Vossa companhia,
viver no Vosso Coração
e d’Ele ser bálsamo
que, com amor, suaviza e cura a ferida
da Vossa Solidão ... do Vosso Abandono!
(Fátima, 20/8/2009 e Borba, 22/4/2011)
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