quinta-feira, 28 de novembro de 2019


Beato Marcelino Sanchez Fernandez,
mártir dos Missionários Oblatos de Urnieta (de Maria Imaculada)
Século XX - Espanha
Memória litúrgica a 28 de Novembro
Marcelino Sánchez Fernandez nasceu em Santa Marina del Rey, provincia de León e diocese de Astorga, a 30 de Dezembro de 1910.
Os seus pais, Nicolás e Ángela, tiveram oito filhos, os quais morreram em vida dos pais, excepto Marcelino e um outro chamado Angel. Era uma família cristã com boa conduta moral.
Durante a sua infância Marcelino vive num ambiente bom, tranquilo, religioso. Pertencia à Associação dos “Tarsicios”, movimento católico para ensinar aos meninos a devoção a Jesus Eucaristia e a comunhão frequente.
Entrou no Seminário Menor dos Missionários Oblatos de Urnieta (Guipúzcoa). A saúde de Marcelino era precária, o que o obrigou a regressar à casa paterna. Uma vez curado, regressou ao Seminário, e ao ver que não era capaz de continuar os estudos por motivos de saúde, foi orientado para a vocação de irmão Oblato. Assim, a 24 de Março de 1927, começou o noviciado em Las Arenas (Vizcaya) na qualidade de irmão coadjutor e professou a 25 Março de 1928, festa da Encarnação do Senhor. Permanece na comunidade do noviciado, prestando vários serviços como alfaiate e porteiro.
Na origem da sua vocação manifesta-se com força a sua fé para seguir a Vontade de Deus, apesar da situação da sua mãe, paralítica. Dotado de boa vontade e amante da sua vocação religiosa, segue-a fielmente, apesar dos contratempos e achaques de saúde que o impedem de continuar os seus estudos e aceita com humildade abandonar o seu projecto de ser sacerdote para continuar na vida religiosa como irmão coadjutor.
Um sobrevivente, o Padre Felipe Díez, diz destes irmãos Oblatos religiosos como os outros Oblatos, mas não sacerdotes:
Viviam um sacrifício exemplar nos vários serviços que prestavam. Entre outras funções, recordo que o irmão Bocos se dedicava à cozinha, o irmão Eleuterio tratava da limpeza da casa, e o irmão Marcelino Sánchez dedicava-se à alfaiataria, e organização dos hábitos talares (…). Viveram a virtude da pobreza aceitando a realidade da nossa vida plena de carências quanto aos bens materiais, vivendo o Evangelho no amor e na fidelidade ao trabalho, procurando, como diz o Evangelho, “servir e não ser servidos”.
De maneira especial quero sublinhar o exemplo dos irmãos coadjutores que desenvolviam com alegria os serviços mais humildes na comunidade e eram um estímulo para todos. Concretamente, recordo os irmãos Bocos, Sánchez e Prato, que nos dão um exemplo alegre e simples no trabalho quotidiano.
Em 1930, foi inaugurado o Escolasticado ou Seminário Maior em Pozuelo, é destinado a esta nova comunidade e a prestar os seus serviços em várias áreas, principalmente na alfaiataria.
Em 1935, depois de sete anos de votos temporários, faz a sua oblação perpétua e é plenamente integrado na Congregação a que sempre tinha mostrado tanto afecto. É recordado como um religioso fervoroso, devoto da Virgem, que trazia sempre o terço consigo, obediente, serviçal e responsável.
A 22 de Julho de 1936 é preso com toda a comunidade Oblata de Pozuelo de Alarcón; juntamente com todos os prisioneiros é levado à Direcção Geral de Segurança, situada na Praça Puerta del Sol, no centro de Madrid. No dia seguinte regressa à liberdade.
Numa detenção geral é de novo preso e levado para o Cárcere Modelo em Madrid. A 15 Novembro de 1936 é levado para a prisão de Santo Antão (Escola dos Escolápios transformada em prisão), e durante a noite de 27-28 do mesmo mês “é levado” para ser martirizado em Paracuellos del Jarama, a poucos kilómetros de Madrid. Tinha 26 anos.
O Padre Felipe Díez, continua: No momento da morte, disseram-me que um, que pela descrição coincide com o Padre Esteban, nosso Provincial,  pede autorização paradar a absolvição aos seus companheiros. E as suas últimas palavras foram: “Sabemos que nos matais por sermos sacerdotes e religiosos. Perdoamo-vos. Viva Cristo Rei!”

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