Beato Marcelino Sanchez Fernandez,
mártir
dos Missionários Oblatos de Urnieta
(de Maria Imaculada)
Século XX -
Espanha
Memória litúrgica a 28 de Novembro
Marcelino
Sánchez Fernandez nasceu em Santa Marina del Rey, provincia de León e diocese
de Astorga, a 30 de Dezembro de 1910.
Os seus pais,
Nicolás e Ángela, tiveram oito filhos, os quais morreram em vida dos pais,
excepto Marcelino e um outro chamado Angel. Era uma família cristã com boa
conduta moral.
Durante a sua
infância Marcelino vive num ambiente bom, tranquilo, religioso. Pertencia à
Associação dos “Tarsicios”, movimento católico para ensinar aos meninos a
devoção a Jesus Eucaristia e a comunhão frequente.
Entrou no
Seminário Menor dos Missionários Oblatos de Urnieta (Guipúzcoa). A saúde de
Marcelino era precária, o que o obrigou a regressar à casa paterna. Uma vez
curado, regressou ao Seminário, e ao ver que não era capaz de continuar os
estudos por motivos de saúde, foi orientado para a vocação de irmão Oblato.
Assim, a 24 de Março de 1927, começou o noviciado em Las Arenas (Vizcaya) na
qualidade de irmão coadjutor e professou a 25 Março de 1928, festa da Encarnação
do Senhor. Permanece na comunidade do noviciado, prestando vários serviços como
alfaiate e porteiro.
Na origem da
sua vocação manifesta-se com força a sua fé para seguir a Vontade de Deus,
apesar da situação da sua mãe, paralítica. Dotado de boa vontade e amante da
sua vocação religiosa, segue-a fielmente, apesar dos contratempos e achaques de
saúde que o impedem de continuar os seus estudos e aceita com humildade
abandonar o seu projecto de ser sacerdote para continuar na vida religiosa como
irmão coadjutor.
Um sobrevivente,
o Padre Felipe Díez, diz destes irmãos Oblatos religiosos como os outros
Oblatos, mas não sacerdotes:
Viviam um
sacrifício exemplar nos vários serviços que prestavam. Entre outras funções, recordo
que o irmão Bocos se dedicava à cozinha, o irmão Eleuterio tratava da limpeza
da casa, e o irmão Marcelino Sánchez dedicava-se à alfaiataria, e organização
dos hábitos talares (…). Viveram a virtude da pobreza aceitando a realidade da
nossa vida plena de carências quanto aos bens materiais, vivendo o Evangelho no
amor e na fidelidade ao trabalho, procurando, como diz o Evangelho, “servir e
não ser servidos”.
De maneira
especial quero sublinhar o exemplo dos irmãos coadjutores que desenvolviam com
alegria os serviços mais humildes na comunidade e eram um estímulo para todos. Concretamente,
recordo os irmãos Bocos, Sánchez e Prato, que nos dão um exemplo alegre e
simples no trabalho quotidiano.
Em 1930, foi
inaugurado o Escolasticado ou Seminário Maior em Pozuelo, é destinado a esta
nova comunidade e a prestar os seus serviços em várias áreas, principalmente na
alfaiataria.
Em 1935, depois
de sete anos de votos temporários, faz a sua oblação perpétua e é plenamente
integrado na Congregação a que sempre tinha mostrado tanto afecto. É recordado
como um religioso fervoroso, devoto da Virgem, que trazia sempre o terço
consigo, obediente, serviçal e responsável.
A 22 de Julho
de 1936 é preso com toda a comunidade Oblata de Pozuelo de Alarcón; juntamente
com todos os prisioneiros é levado à Direcção Geral de Segurança,
situada na Praça Puerta del Sol, no centro de Madrid. No dia seguinte regressa
à liberdade.
Numa detenção
geral é de novo preso e levado para o Cárcere Modelo em Madrid. A 15 Novembro
de 1936 é levado para a prisão de Santo Antão (Escola dos Escolápios
transformada em prisão), e durante a noite de 27-28 do mesmo mês “é levado” para
ser martirizado em Paracuellos del Jarama, a poucos kilómetros de Madrid. Tinha
26 anos.
O Padre Felipe
Díez, continua: No momento da morte, disseram-me que um, que pela descrição
coincide com o Padre Esteban, nosso Provincial, pede autorização paradar
a absolvição aos seus companheiros. E as suas últimas palavras foram: “Sabemos
que nos matais por sermos sacerdotes e religiosos. Perdoamo-vos. Viva Cristo Rei!”
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