na Assunção
da Bem-aventurada Virgem Santa Maria
“Queridos
irmãos e irmãs
… Assim como Jesus ressuscitou dos
mortos e subiu à direita do Pai, também Maria, depois de concluir o percurso da
sua existência na terra, foi levada ao céu. A liturgia de hoje recorda-nos esta
consoladora verdade de fé, enquanto canta os louvores daquela que foi coroada
de glória incomparável. …
Maria é exemplo e sustento para
todos os crentes: encoraja-nos a não desanimar diante das dificuldades e
dos problemas inevitáveis de todos os dias. Garante-nos a sua ajuda e
recorda-nos que o essencial consiste em buscar e aspirar às “coisas do alto, e
não às coisas da terra” (cf. Cl 3, 2). Com efeito, arrebatados pelas
preocupações diárias, corremos o risco de considerar que se encontra aqui,
neste mundo onde só estamos de passagem, a derradeira finalidade da existência
humana. Ao contrário, o Paraíso é a verdadeira meta da nossa peregrinação
terrena. Como seriam diferentes os nossos dias, se fossem animados por esta
perspectiva! Assim foi para os santos. As suas existências testemunham que
quando se vive com o coração constantemente orientado para o céu, as realidades
terrenas são vividas no seu justo valor porque são iluminadas pela verdade
eterna do amor divino.
À Rainha da paz, que contemplamos na
glória celeste, gostaria de confiar uma vez mais os anseios da humanidade por
todos os lugares do mundo, dilacerados pela violência. …
A Virgem Maria percorreu na fé todo
o caminho do Redentor; tendo partilhado a sorte do seu Filho, Ela não podia
deixar de acompanhá-lo na sua glória final! E assim a Igreja confessa que Nossa
Senhora foi elevada ao Céu em corpo e alma.
Com amizade e alegria dou as
boas-vindas aos peregrinos de língua portuguesa, encorajando-vos a levantar o
vosso olhar para a Virgem Mãe, sinal de esperança segura e de consolação. Que
Ela guie e proteja a vossa peregrinação até à Casa do Pai!”
Papa Bento XVI, «Angelus», 15 de Agosto de
2006
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