terça-feira, 11 de junho de 2019


No Seu Mês,
Mergulhando no Seu Divino Coração
11 de Junho
Sagrado Coração de Jesus que tanto nos amais,
fazei que eu vos ame, sempre, cada vez mais.
“Quando Israel ainda era menino, Eu o amei, e do Egipto chamei o meu filho" (Os 11, 1). Na verdade, à incansável predilecção divina, Israel responde com indiferença e até com ingratidão. "Quanto mais os chamava – o Senhor é obrigado a constatar – mais eles se afastavam de mim" (Os 11, 2). Todavia, Ele nunca abandona Israel nas mãos dos inimigos, pois "o meu coração – observa o Criador – do universo comove-se dentro de mim, comove-se a minha compaixão" (Os 11, 8).
O coração de Deus comove-se! Na … solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus, a Igreja oferece à nossa contemplação este mistério, o mistério do coração de um Deus que se comove e derrama todo o seu amor sobre a humanidade. Um amor misterioso, que nos textos do Novo Testamento nos é revelado como paixão incomensurável pelo homem. Ele não se rende perante a ingratidão, e nem sequer diante da rejeição do povo que Ele escolheu para si; pelo contrário, com misericórdia infinita, envia ao mundo o seu Filho, o Unigénito, para que assuma sobre si o destino do amor aniquilado a fim de que, derrotando o poder do mal e da morte, possa restituir dignidade de filhos aos seres humanos, que o pecado tornou escravos. Tudo isto a caro preço: o Filho Unigénito do Pai imola-se na cruz: "Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim" (cf. Jo 13, 1). Símbolo de tal amor, que vai além da morte é o seu lado traspassado por uma lança. A este propósito, a testemunha ocular, o Apóstolo João, afirma: "Um dos soldados perfurou-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água" (cf. Jo 19, 34).
Bento XVI, «Homilia» na celebração de Vésperas na Solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus, 19 de Junho de 2009

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