No Seu Mês,
Mergulhando no Seu Divino Coração
11
de Junho
Sagrado
Coração de Jesus que tanto nos amais,
fazei
que eu vos ame, sempre, cada vez mais.
“Quando Israel ainda era menino, Eu o amei,
e do Egipto chamei o meu filho" (Os 11, 1). Na verdade, à incansável
predilecção divina, Israel responde com indiferença e até com ingratidão.
"Quanto mais os chamava – o Senhor é obrigado a constatar – mais eles se
afastavam de mim" (Os 11, 2). Todavia, Ele nunca abandona Israel nas mãos
dos inimigos, pois "o meu coração – observa o Criador – do universo
comove-se dentro de mim, comove-se a minha compaixão" (Os 11, 8).
O
coração de Deus comove-se! Na … solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus, a
Igreja oferece à nossa contemplação este mistério, o mistério do coração de um
Deus que se comove e derrama todo o seu amor sobre a humanidade. Um amor
misterioso, que nos textos do Novo Testamento nos é revelado como paixão
incomensurável pelo homem. Ele não se rende perante a ingratidão, e nem sequer
diante da rejeição do povo que Ele escolheu para si; pelo contrário, com
misericórdia infinita, envia ao mundo o seu Filho, o Unigénito, para que assuma
sobre si o destino do amor aniquilado a fim de que, derrotando o poder do mal e
da morte, possa restituir dignidade de filhos aos seres humanos, que o pecado
tornou escravos. Tudo isto a caro preço: o Filho Unigénito do Pai imola-se na
cruz: "Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim"
(cf. Jo 13, 1). Símbolo de tal amor, que vai além da morte é o seu lado
traspassado por uma lança. A este propósito, a testemunha ocular, o Apóstolo
João, afirma: "Um dos soldados perfurou-lhe o lado com uma lança, e logo
saiu sangue e água" (cf. Jo 19, 34).
Bento XVI, «Homilia» na celebração de
Vésperas na Solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus, 19 de Junho de 2009
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