quinta-feira, 2 de janeiro de 2020


Santos Marcelino, Argeo e Narciso
mártires
Século IV - Itália
Memória litúrgica a 2 de Janeiro
Floro, seguindo o Martirologio Jeronimiano, a 2 Janeiro, recorda os três irmãos Marcelino, Argeo e Narciso, mártires Tomi.
Marcelino, a quem deu o apelido de «puer» (menino), recrutado para os arqueiros do tempo de Licínio, sendo cristão não quer prestar serviço militar e, depois de ser brutalmente espancado e ter passado algum tempo na prisão, foi lançado ao mar.
Adone acrescenta que Argeo e Narciso foram decapitados e também que o corpo de Marcelino, devolvido à costa, teve piedosa sepultura. Galesino, sem especificar a fonte, atesta que Argeo e Narcisso foram presos enquanto visitavam o irmão na prisão.
As notas de Floro, com os acrescentos de Adone, são no entanto inexactas, até porque, no Martirologio Jeronimiano, nos primeiros dias de Janeiro, as informações são muito confusas. Com efeito, no Martirologio Jeronimiano os três irmãos são celebrados a 3 de Janeiro, enquanto a determinação topografica de Floro, «Tomis in Ponto», deve referir-se aos mártires Stratone, Macrobio e Marciano recordados a 2 de Janeiro, e os acontecimentos do recrutamento e da morte de Marcelino confundem-se com Teogene, mártir de Cizico. Para determinar o lugar onde os mártires foram mortos e o dia exacto da sua festa deve ter-se presente que no Martirologio Jeronimiano a 1 de Janeiro lê-se: «Romae Via Appia coronae et milites XXX». A nota emendada, apresenta-se assim: «Romae, via Appia, miliario XXX, Corano territorio», e essa pertence aos Santos Marcelino, Argeo e Narciso que, na «Passio de São Marciano presbítero», parece terem sido decapitados perto Cori. Os seus restos mortais lá repousaram até que o Papa Leão IV os levou, juntamente com outros, para Roma para a Basílica dos Santi Quattro Coronati em Roma, como se lê na inscrição na parede esquerda da igreja. Por conseguinte considerou-se que Argeo, Narciso e Marcelino estão identificados com os mártires de Cori.
Cf. Mario Salsano em: http://www.santiebeati.it/
Tradução e adaptação: P. Marcelino Caldeira 

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