quarta-feira, 30 de abril de 2008

...MEU DEUS...
Sois a minha esperança e a minha confiança;
sois em tudo o meu consolador.
Tudo o que parece conduzir-me à posse da felicidade e da paz
nada significa sem Vós;
nem, com efeito, pode fazer-nos verdadeiramente felizes.
Vós, ó meu Deus,
é que sois o fim supremo de todos os bens, o centro da vida,
o profundo abismo da ciência.
A mais completa consolação dos vossos servos
é pôr em Vós toda a sua esperança.
A Vós elevo os meus olhos, em Vós espero,
meu Deus e Pai de misericórdia.
A vossa graça me acompanhe sempre
e me conduza, pelo caminho da paz,
à pátria da perpétua claridade. Ámen.
("Imitação de Cristo", Livro 3, Cap LIX)

domingo, 27 de abril de 2008

Ó MEU DEUS...
Ó meu Deus, Trindade que eu adoro,
ajudai-me a esquecer-me inteiramente
para me estabelecer em Vós, imóvel e pacífica,
como se a minha alma estivesse já na eternidade.
Que nada possa perturbar a minha paz,
nem fazer-me sair de Vós, ó meu Imutável,
mas que cada minuto me faça penetrar

mais na profundidade do Vosso mistério.
Pacificai a minha alma, fazei dela o Vosso céu,
a Vossa morada dilecta

e o lugar do Vosso repouso.
Que eu nunca Vos deixe ai só,
mas que nela esteja inteiramente,
toda desperta na minha fé, toda em adoração,
toda entregue à Vossa acção criadora.
Ó meu Cristo amado, crucificado por amor,
eu quisera ser uma esposa para o Vosso Coração,
quisera cobrir-Vos de glória,

quisera amar-Vos... até morrer de amor!
Mas sinto a minha impotência
e peço-Vos para me «revestirdes de Vós mesmo»,
identificardes a minha alma com todos os movimentos da Vossa,
me submergirdes, me invadirdes, Vos substituirdes a mim
para que a minha vida não seja senão uma irra­diação da Vossa.
Vinde a mim como Adorador,
como Reparador e como Salvador!
Ó Verbo Eterno, Palavra do meu Deus,
eu quero passar a minha vida a escutar-Vos,
quero ser intei­ramente dócil para aprender tudo de Vós.
E depois, através de todas as noites,

de todos os vazios, de todas as impotências,
eu quero fixar-Vos sempre
e permanecer sob o esplendor da Vossa luz.
Ó meu Astro adorado, fascinai-me

para que eu não possa mais sair da Vossa irradiação.
Ó Fogo devorador, Espírito de Amor, «descei sobre mim»,
para que se faça na minha alma, como que uma incarnação do Verbo.
Que eu seja para Ele uma humanidade de acréscimo,
na qual Ele renove todo o Seu mistério.
E Vós, Ó Pai, inclinai-Vos para a Vossa pequena criatura,
«cobri-a com a Vossa sombra»,
não vejais nela senão o Bem Amado
no qual «pusestes todas as Vossas complacências.»
Ó meus Três, meu Tudo, minha Beatitude, Solidão infinita,
Imensidade em que me perco, eu me entrego a Vós como uma presa.
Sepultai-Vos em mim para que eu me sepulte em Vós,
enquanto espero ir con­templar, na Vossa luz,
o abismo das Vossas gran­dezas.
beata Isabel da Santíssima Trindade ocd

quarta-feira, 23 de abril de 2008

A Oração... (Bento XVI, Encíclica “Spes Salvi”, 32-34)
Primeiro e essencial lugar de aprendizagem da esperança é a oração. Quando já ninguém me escuta, Deus ainda me ouve. Quando já não posso falar com ninguém, nem invocar mais ninguém, a Deus sempre posso falar. Se não há mais ninguém que me possa ajudar … Ele pode ajudar-me. Se me encontro confinado numa extrema solidão...o orante jamais está totalmente só. Dos seus 13 anos de prisão, 9 dos quais em isolamento, o inesquecível Cardeal Nguyen Van Thuan deixou-nos um livrinho precioso: Orações de esperança. Durante 13 anos de prisão, numa situação de desespero aparentemente total, a escuta de Deus, o poder falar-Lhe, tornou-se para ele uma força crescente de esperança, que, depois da sua libertação, lhe permitiu ser para os homens em todo o mundo uma testemunha da esperança, daquela grande esperança que não declina, mesmo nas noites da solidão. …Orar não significa sair da história e retirar-se para o canto privado da própria felicidade. O modo correcto de rezar é um processo de purificação interior que nos torna aptos para Deus e, precisamente desta forma, aptos também para os homens. Na oração, o homem deve aprender o que verdadeiramente pode pedir a Deus, o que é digno de Deus. Deve aprender que não pode rezar contra o outro. Deve aprender que não pode pedir as coisas superficiais e cómodas que de momento deseja … Deve purificar os seus desejos e as suas esperanças. Deve livrar-se das mentiras secretas com que se engana a si próprio: Deus perscruta-as, e o contacto com Deus obriga o homem a reconhecê-las também. ...
Para que a oração desenvolva esta força purificadora, deve, por um lado, ser muito pessoal, um confronto do meu eu com Deus, com o Deus vivo; mas, por outro, deve ser incessantemente guiada e iluminada pelas grandes orações da Igreja e dos santos, pela oração litúrgica, na qual o Senhor nos ensina continuamente a rezar de modo justo. O Cardeal Nyugen Van Thuan, contou ..., como na sua vida tinha havido longos períodos de incapacidade para rezar, e como ele se tinha agarrado às palavras de oração da Igreja: ao Pai Nosso, à Avé Maria e às orações da Líturgia. Na oração, deve haver sempre este entrelaçamento de oração pública e oração pessoal. Assim podemos falar a Deus, assim Deus fala a nós. Deste modo, realizam-se em nós as purificações, mediante as quais nos tornamos capazes de Deus e idóneos ao serviço dos homens. Assim tornamo-nos capazes da grande esperança e ministros da esperança para os outros: a esperança em sentido cristão é sempre esperança também para os outros. … É esperança activa precisamente também no sentido de mantermos o mundo aberto a Deus.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Irmã Maria Helena Branco ocso
Sede de Deus
Foi o primeiro fruto de Santa Maria de Marana-tha.
Nasceu a 9 de Dezembro de 1965, em Castelo Branco.

Viveu na cidade de Elvas, durante a adolescência, onde sua mãe era professora.
Entrou no próprio dia da fundação de Santa Maria de Marana-tha, a 15 de Agosto de 1989, abraçando a vida do seu mosteirinho até às últimas consequências:
"Aqui, em Santa Maria de Marana-tha [tratava-se de uma pequena casa provisória] não há sinos a tocar de madrugada, não há melodias «angélicas» que elevam a alma à união com o ETERNO.
Aqui não há tudo isso… mas há o ESSENCIAL, porque há DEUS, e DEUS faz-Se sentir quase palpável: em situações, em circunstâncias, em pessoas concretas, na caridade fraterna vivida dia-a-dia […] sem sinos, sem cantos, sem claustros.
Deus não Se importa, porque para Ele isso não é o Essencial; Ele só precisa do nosso coração e nós só precisamos de Deus! E o nosso grito é Marana-tha. Vem, Senhor Jesus! É isso o ESSENCIAL!"
- assim escrevia ela ao terminar o seu Noviciado, em 1992.
Inteiramente orientada para Deus, dela irradiava paz, doçura, compreensão, alegria…
O sorriso era-lhe habitual, mesmo quando a dor batia à porta. Quatro anos e meio em Santa Maria de Marana-tha bastaram à Irmã Maria Helena para realizar em plenitude o que se lê no livro da Sabedoria: "Amadurecida em pouco tempo… atingiu a plenitude de uma vida longa" (4,13).
Acabava de fazer 28 anos quando o seu estado de saúde se agravou assustadoramente.
Heróica no sofrimento, no meio de dores incessantes, falava do céu, da eternidade com Deus, como realidades ardentemente desejadas. A sua experiência de Deus levara-a até aí. Por isso se entregou sem reservas, serenamente, nas mãos do Pai. Adormeceu em paz, estendendo as asas rumo à eternidade, na madrugada de 1 de Fevereiro de 1994. Convertia-se em verdade a sua oração:
"Nunca deixes, Senhor, que eu Te abandone.
Só Tu me podes encher.
Só Tu podes fazer-me feliz
e saciar a minha alma e o meu coração
e todo o meu ser.
Que seja tua, Senhor, cada vez mais e para sempre!"
(fonte: cf. página Web da Trapa de Santa Maria de Marana-tha)
Salmo 27 (26) 1.4-6.8-11.13-14
O SENHOR é minha luz e salvação:
de quem terei medo?
O SENHOR é o baluarte da minha vida:
quem me assustará?
Uma só coisa peço ao SENHOR
e ardentemente a desejo:
é habitar na casa do SENHOR todos os dias da minha vida,
para saborear o seu encanto
e ficar em vigília no seu templo.
No dia da adversidade, Ele me abrigará na sua cabana;
há-de esconder-me no interior da sua tenda
e colocar-me no alto de um rochedo.
Oferecerei sacrifícios de louvor no seu santuário,
cantarei e entoarei hinos ao SENHOR.
O meu coração murmura por ti,
os meus olhos te procuram;
é a tua face que eu procuro, SENHOR.
Não desvies de mim o teu rosto,
nem afastes, com ira, o teu servo.
Tu és o meu amparo: não me rejeites nem abandones,
ó Deus, meu salvador!
Ainda que meu pai e minha mãe me abandonem,
o SENHOR há-de acolher-me.
Ensina-me, SENHOR, o teu caminho,
guia-me por sendas direitas,
por causa dos que me perseguem.
Creio, firmemente, vir a contemplar
a bondade do SENHOR, na terra dos vivos.
Confia no SENHOR!
Sê forte e corajoso, e confia no SENHOR!

sábado, 19 de abril de 2008

Bento, tu amas-me? ... apascenta as minhas ovelhas.


Annuntio vobis gaudium magnum;
habemus Papam:
Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum,
Dominum Josephum
Sanctae Romanae Ecclesiae Cardinalem Ratzinger
qui sibi nomen imposuit Benedictum XVI

Bênção Apostólica "Urbi et Orbi"
(19 de Abril de 2005)
Sua Santidade o Papa Bento XVI

Amados Irmãos e Irmãs,
Depois do grande Papa João Paulo II,
os Senhores Cardeais elegeram-me,
simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor.
Consola-me saber que o Senhor sabe trabalhar e agir
também com instrumentos insuficientes.
E, sobretudo, recomendo-me às vossas orações.
Na alegria do Senhor Ressuscitado,
confiantes na sua ajuda permanente, vamos em frente.
O Senhor ajudar-nos-á.
Maria, sua Mãe Santíssima, está connosco.
Obrigado!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Bento XVI
pequena biografia

O Cardeal Joseph Ratzinger, Papa Bento XVI, nasceu em Marktl am Inn, diocese de Passau (Alemanha), no dia 16 de Abril de 1927 (Sábado Santo), e foi baptizado no mesmo dia. O seu pai, comissário da polícia, provinha duma antiga família de agricultores da Baixa Baviera, de modestas condições económicas. A sua mãe era filha de artesãos de Rimsting, no lago de Chiem, e antes de casar trabalhara como cozinheira em vários hotéis.
Passou a sua infância e adolescência em Traunstein, uma pequena localidade perto da fronteira com a Áustria, a trinta quilómetros de Salisburgo. Foi neste ambiente, por ele próprio definido «mozarteano», que recebeu a sua formação cristã, humana e cultural.
O período da sua juventude não foi fácil. A fé e a educação da sua família prepararam-no para enfrentar a dura experiência daqueles tempos, em que o regime nazista mantinha um clima de grande hostilidade contra a Igreja Católica. O jovem Joseph viu os nazistas açoitarem o pároco antes da celebração da Santa Missa.
Precisamente nesta complexa situação, descobriu a beleza e a verdade da fé em Cristo; fundamental para ele foi a conduta da sua família, que sempre deu um claro testemunho de bondade e esperança, radicada numa conscienciosa pertença à Igreja.
Nos últimos meses da II Guerra Mundial, foi arrolado nos serviços auxiliares anti-aéreos. Recebeu a Ordenação Sacerdotal em 29 de Junho de 1951. Um ano depois, começou a sua actividade de professor na Escola Superior de Freising. No ano de 1953, doutorou-se em teologia com a tese «Povo e Casa de Deus na doutrina da Igreja de Santo Agostinho». Passados quatro anos, sob a direcção do conhecido professor de teologia fundamental Gottlieb Söhngen, conseguiu a habilitação para a docência com uma dissertação sobre «A teologia da história em São Boaventura».
Depois de desempenhar o cargo de professor de teologia dogmática e fundamental na Escola Superior de Filosofia e Teologia de Freising, continuou a docência em Bonn, de 1959 a 1963; em Münster, de 1963 a 1966; e em Tubinga, de 1966 a 1969. A partir deste ano de 1969, passou a ser catedrático de dogmática e história do dogma na Universidade de Ratisbona, onde ocupou também o cargo de Vice-Reitor da Universidade.
De 1962 a 1965, prestou um notável contributo ao Concílio Vaticano II como «perito»; viera como consultor teológico do Cardeal Joseph Frings, Arcebispo de Colónia.
A sua intensa actividade científica levou-o a desempenhar importantes cargos ao serviço da Conferência Episcopal Alemã e na Comissão Teológica Internacional. Em 25 de Março de 1977, o Papa Paulo VI nomeou-o Arcebispo de München e Freising. A 28 de Maio seguinte, recebeu a sagração episcopal. Foi o primeiro sacerdote diocesano, depois de oitenta anos, que assumiu o governo pastoral da grande arquidiocese bávara. Escolheu como lema episcopal: «Colaborador da verdade»; assim o explicou ele mesmo: «Parecia-me, por um lado, encontrar nele a ligação entre a tarefa anterior de professor e a minha nova missão; o que estava em jogo, e continua a estar - embora com modalidades diferentes -, é seguir a verdade, estar ao seu serviço. E, por outro, escolhi este lema porque, no mundo actual, omite-se quase totalmente o tema da verdade, parecendo algo demasiado grande para o homem; e, todavia, tudo se desmorona se falta a verdade».
Paulo VI criou-o Cardeal, do título presbiteral de “Santa Maria da Consolação no Tiburtino”, no Consistório de 27 de Junho desse mesmo ano. Em 1978, participou no Conclave, celebrado de 25 a 26 de Agosto, que elegeu João Paulo I; este nomeou-o seu Enviado especial ao III Congresso Mariológico Internacional que teve lugar em Guayaquil (Equador) de 16 a 24 de Setembro. No mês de Outubro desse mesmo ano, participou também no Conclave que elegeu João Paulo II.
Foi Relator na V Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos realizada em 1980, que tinha como tema «Missão da família cristã no mundo contemporâneo», e Presidente Delegado da VI Assembleia Geral Ordinária, celebrada em 1983, sobre «A reconciliação e a penitência na missão da Igreja». João Paulo II nomeou-o Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e Presidente da Pontifícia Comissão Bíblica e da Comissão Teológica Internacional, em 25 de Novembro de 1981. No dia 15 de Fevereiro de 1982, renunciou ao governo pastoral da arquidiocese de München e Freising. O Papa elevou-o à Ordem dos Bispos, atribuindo-lhe a sede suburbicária de Velletri-Segni, em 5 de Abril de 1993.
Foi Presidente da Comissão encarregada da preparação do Catecismo da Igreja Católica, a qual, após seis anos de trabalho (1986-1992), apresentou ao Santo Padre o novo Catecismo.
A 6 de Novembro de 1998, o Santo Padre aprovou a eleição do Cardeal Ratzinger para Vice-Decano do Colégio Cardinalício, realizada pelos Cardeais da Ordem dos Bispos. E, no dia 30 de Novembro de 2002, aprovou a sua eleição para Decano; com este cargo, foi-lhe atribuída também a sede suburbicária de Óstia. Em 1999, foi como Enviado especial do Papa às celebrações pelo XII centenário da criação da diocese de Paderborn, Alemanha, que tiveram lugar a 3 de Janeiro.
Desde 13 de Novembro de 2000, era Membro honorário da Academia Pontifícia das Ciências.
Na Cúria Romana, foi Membro do Conselho da Secretaria de Estado para as Relações com os Estados; das Congregações para as Igrejas Orientais, para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, para os Bispos, para a Evangelização dos Povos, para a Educação Católica, para o Clero, e para as Causas dos Santos; dos Conselhos Pontifícios para a Promoção da Unidade dos Cristãos, e para a Cultura; do Tribunal Supremo da Signatura Apostólica; e das Comissões Pontifícias para a América Latina, «Ecclesia Dei», para a Interpretação Autêntica do Código de Direito Canónico, e para a revisão do Código de Direito Canónico Oriental.
Entre as suas numerosas publicações, ocupam lugar de destaque o livro «Introdução ao Cristianismo», uma compilação de lições universitárias publicadas em 1968 sobre a profissão de fé apostólica, e o livro «Dogma e Revelação» (1973), uma antologia de ensaios, homilias e meditações, dedicadas à pastoral.
Grande ressonância teve a conferência que pronunciou perante a Academia Católica Bávara sobre o tema «Por que continuo ainda na Igreja?»; com a sua habitual clareza, afirmou então: «Só na Igreja é possível ser cristão, não ao lado da Igreja».
Foi eleito bispo de Roma, a 19 de Abril de 2005, assumindo o nome de Bento XVI.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Oração...
conversação familiar
Quando se ama,
deseja-se falar sem cessar à pessoa amada,
ou pelo menos olhá-la sempre,
a oração não é senão isso:
a conversação familiar com o Bem Amado.
Olha-se para Ele,
dizendo que Ele é amado,
goza-se de estar a seus pés,
dizendo que se deseja aí viver e aí morrer.
Beato Carlos de Foucauld

sábado, 12 de abril de 2008

Oração
45ª Semana de Oração pelas Vocações
Senhor, Pai Santo,

que amais o mundo que criastes
e não vos cansais de o contemplar

e concluir que tudo é bom!
Ao ser humano,

criado à vossa imagem e semelhança,
confiastes a missão de guardar a Vossa obra

e quisestes chamar homens e mulheres
para, convosco, a conduzir à realização plena.
A fim de consumar este projecto,
enviastes ao mundo o Vosso Filho Jesus Cristo
que, nos mostrou o Caminho para a felicidade a que aspiramos.
Chamando alguns de entre os seus discípulos,

partilhou com eles a sua Missão
e enviou-os a levar o Evangelho a toda a parte.
Este chamamento foi confirmado pelo Espírito Santo
e, ao longo destes últimos vinte séculos,
continuamente repetido e acolhido por tantos e tantas
que tem entregado a sua vida por esta preciosa causa.
Também agora, Pai Santo,

Vos pedimos que continueis a chamar, de entre nós,
aqueles que escolheis para partilhar a Missão de vosso Filho:
no ministério ordenado; na vida consagrada activa;
na vida monástica e contemplativa;

na vida laical e matrimonial...
Pedimo-Vos a graça da abertura do coração
para correspondermos sempre com generosidade e prontidão.
Confirmai com o vosso Santo Espírito
a acção e missão daqueles a quem chamastes e enviastes;
confortai-os nas dificuldades e desânimos.
Confiamos, também, esta causa à protecção de Maria,
a serva atenta e fiel à Vossa Vontade
e a São Paulo, Apóstolo firme e zeloso do Evangelho.
A Vós, Pai Santo, pelo vosso Filho Jesus Cristo, no Espírito Santo,
sejam dadas honra e glória pelos séculos dos séculos.
Ámen.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

"Tesouro precioso"
Na margem do mar de Tiberíades, Jesus: “proclama o Evangelho do Reino e cura todas as enfermidades e doenças. Contemplando a multidão, enche-se de compaixão por ela, pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. Disse, então aos seus discípulos: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, portanto, ao Senhor da seara para que envie trabalhadores para a sua seara.» Jesus chamou doze discípulos…” (cf. Mt 9, 35ss).
Como no tempo de Jesus, também hoje, a multidão dos homens e mulheres do nosso mundo, anda cansada, abatida, faminta e perdida…, quer no seu tempo, como hoje, Jesus se enche de compaixão e nos desafia a que peçamos ao Senhor da Messe que mande trabalhadores para a sua messe. No seu tempo, como hoje, Jesus chama jovens capazes de deixar tudo para viver mais perto d’Ele, contemplado o Seu Rosto, habitando no Seu Coração Misericordioso e Compassivo, aprendendo d’Ele a ser, no meio da multidão, testemunho de esperança e mostrando, a essa multidão, que “Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida”, que o “Seu jugo é suave e a Sua carga é leve” e que só n’Ele repousa e encontra sentido e paz o coração humano.
Tendo Jesus, presente no meio de nós, no Santíssimo Sacramento, deixemo-nos inundar da Sua Paz e da Sua Graça, deixemo-nos invadir pela torrente infindável do Seu Amor, coloquemos no Seu Coração as nossas intenções, as nossas acções de graças, os nossos pedidos de perdão e, procuremos fazer silêncio interior e exterior, deixemo-nos mergulhar em Deus e receber d’Ele “graça, sobre graça”. Deixemos que Ele nos ensine a compreender o “tesouro precioso” que nos deixou no sacerdócio e na vida religiosa. Que Ele conceda à Igreja sacerdotes, religiosos e religiosas, monges e monjas, missionários, missionárias, com fogo no coração, asas nos pés e que sejam verdadeiros heróis na fé.
Esta introdução serviu para que um grupo de cristão, de uma aldeia do Alentejo (Casa Branca - Sousel), iniciasse a Adoração do Santíssimo Sacramento e rezasse pelas Vocações.
O momento foi de tal forma intenso que tivemos dificuldade em “descer do monte”, tivemos a mesma e santa tentação de Pedro “que bom é estarmos aqui, façamos três tendas…”
Acabei de chegar da Adoração e não consegui deixar de partilhar este momento de Graça…
45ª Semana de Oração pelas Vocações
06 a 13 de Abril de 2008
"Vistes o que fiz? Faz tu também!"
cf. Jo 15,14
Vida Religiosa - Apostólica

“… testemunho esplêndido e variado, onde se reflecte a multiplicidade dos dons dispensados por Deus aos fundadores e fundadoras que, abertos à acção do Espírito Santo, souberam interpretar os sinais dos tempos e responder, de forma esclarecida, às exigências que sucessivamente iam aparecendo”. (VC. 9)

quarta-feira, 9 de abril de 2008

45ª Semana de Oração pelas Vocações
06 a 13 de Abril de 2008
"Vistes o que fiz? Faz tu também!"
cf. Jo 15,14
Vida Religiosa - Contemplativa
“Sentinela incansável
do Reino que há-de vir,
procurando «ser»
antes de «fazer»,
o contemplativo dá à Igreja,
vigor e coragem
na sua missão,
para se fazer ao largo,
e permitir
que a Boa Nova de Cristo
acenda toda a Humanidade".
(cf. João Paulo II)

“O Mosteiro é o lugar que Deus guarda (cf. Zc 2, 9), é a morada da Sua Presença singular (…) na qual se realiza o encontro diário com Ele, onde o Deus três vezes Santo ocupa completamente o espaço, e é reconhecido e honrado como o único Senhor.” (Verbi Sponsa, 8)

terça-feira, 8 de abril de 2008

45ª Semana de Oração pelas Vocações
06 a 13 de Abril de 2008
"Vistes o que fiz? Faz tu também!
cf. Jo 15,14
Serviço Missionário
“… viram-no com os seus olhos,
escutaram-no com os seus ouvidos,
tocaram-no com as suas mãos

(cf. 1Jo 1, 1)” (NMI, 17)
Tinham que O anunciar…

temos que O anunciar.



“Quem verdadeiramente encontrou Cristo,
não pode guardá-Lo para si;
tem de O anunciar”.

“Ide, pois,
ensinai todas as nações (…)
Eu estarei convosco todos os dias
até ao fim do mundo.“
(Mt 28, 18-20)

domingo, 6 de abril de 2008

45ª Semana de Oração pelas Vocações
06 a 13 de Abril de 2008
"Vistes o que fiz? Faz tu também!
cf. Jo 15,14
Sacerdócio Ministerial
“O sacerdócio sacramental (…) constitui um ministério particular, é serviço em favor da comunidade dos crentes. É, com efeito, dom para a comunidade e procede de Cristo, da plenitude do seu sacerdócio.”
(Presbítero, pastor e guia da comunidade, 7)
“O sacerdote, outro Cristo, é na Igreja o ministro das acções salvifícas essenciais. Pelo seu poder de oferecer o sacrifício do Corpo e do Sangue do Redentor, pelo seu poder de anunciar com autoridade o perdão sacramental, ele, na pessoa de Cristo Cabeça, é fonte de vida e de vitalidade na Igreja”.
(Presbítero, pastor e guia da comunidade, 7)
Ficai connosco, Senhor...
Jesus aproximou-Se deles e pôs-Se com eles a caminho. Ao chegarem perto da povoação para onde iam, Jesus fez menção de ir para diante. Mas eles convenceram-n’O a ficar, dizendo: «Ficai connosco, porque o dia está a terminar e vem caindo a noite». Jesus entrou e ficou com eles. E quando Se pôs à mesa, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e entregou-lho. Nesse momento abriram-se-lhes os olhos e reconheceram-n’O. Mas Ele desapareceu da sua presença. Disseram então um para o outro: «Não ardia cá dentro o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?». Partiram imediatamente de regresso a Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os que estavam com eles, que diziam: «Na verdade, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão». E eles contaram o que tinha acontecido no caminho e como O tinham reconhecido ao partir o pão.
Lc. 24, 16.17.28-35
Senhor Jesus Ressuscitado,
que caminhais connosco
sem que Vos reconheçamos
e nos resgatastes da vã maneira de viver,
não com ouro ou prata,
mas com o Vosso próprio sangue,
iluminai o nosso espírito,
aquecei-nos o coração com a Vossa Palavra
e convidai-nos a comer à Vossa mesa.
Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo.

sábado, 5 de abril de 2008

Ordem da Imaculada Conceição - monjas Concepcionistas

A Monja Concepcionista realiza o seguimento de Cristo a exemplo de Maria, no silêncio que facilita a escuta da Palavra, na obediência aos planos de Deus sobre o mundo e a própria pessoa, nas simples tarefas quotidianas da vida, na entrega generosa da capacidade de amar, do desejo de possuir e de liberdade de dispor livremente da própria vida.
Iluminada pelo exemplo de Santa Beatriz, que ajudava com a sua oração à construção do Reino de Deus e da cidade terrena, a monja concepcionista sabe que a sua oração é a oração da Igreja, cuja fecundidade apostólica é misteriosamente eficaz.
(Constituições Gerais da Ordem da Imaculada Conceição)

O Mosteiro é o lugar que Deus guarda (cf Zc. 2,9);
é a morada da Sua presença singular (...) na qual se realiza o encontro diário com Ele, onde o Deus três vezes Santo ocupa completamente o espaço, e é reconhecido e honrado como o único Senhor. (Verbi Sponsa, 8)

PALAVRA DE VIDA
Abril 2008
Chiara Lubich
«A paz será obra da justiça, e o fruto do direito será a tranquilidade e a segurança para sempre» (Is 32, 17).
«Uma vez mais virá sobre nós o Espírito do Alto. Então o deserto se converterá em jardim, e o jardim será como uma floresta». É assim que começa o texto de onde é tirada a Palavra de Vida deste mês. O profeta Isaías, na segunda metade do século VIII antes de Cristo, anuncia um futuro de esperança para a Humanidade. Será quase como uma nova criação, um novo «jardim», habitado pelo direito e pela justiça, de onde vêm a paz e a segurança.
Esta nova era de paz (shalom) será obra do Espírito divino - força de vida capaz de renovar a Criação - e, ao mesmo tempo, será fruto do respeito pelo pacto entre Deus e o Seu povo e entre os membros do próprio povo, tornando-se inseparável a comunhão com Deus e a comunidade dos homens.
«A paz será obra da justiça, e o fruto do direito será a tranquilidade e a segurança para sempre»
As palavras de Isaías são um apelo à necessidade de um compromisso sério e responsável de seguir as normas comuns da convivência civil que, ao impedirem o individualismo egoísta e a anarquia, favorecem a coexistência harmoniosa e a actividade orientada para o bem comum.
Será possível viver segundo a justiça e praticar o direito? Sim, na condição de reconhecermos todas as outras pessoas como irmãos e irmãs e de vermos a humanidade como uma familia, no espírito da fraternidade universal.
E como é que isto pode ser possível sem a presença de um Pai comum a todos? No ADN de cada pessoa, por assim dizer, Ele já inscreveu a fraternidade universal. De facto, aquilo que um pai mais deseja é que os filhos se tratem como irmãos e irmãs, se estimem, se amem. Por isso, o "Filho" por excelência do Pai, O Irmão de cada pessoa, veio e deixou-nos como norma, para a nossa convivência social, o amor recíproco. Respeitar as regras do civismo, cumprir o nosso dever, são expressões do nosso amor. O amor é a norma mais importante de todo o agir, aquela que anima a verdadeira justiça e constrói a paz. As nações precisam de leis cada vez mais adequadas às necessidades da vida social e internacional, mas, sobretudo, precisam de homens e mulheres que se organizem segundo a caridade. Esta organização é justiça, e só segundo essa perspectiva é que as leis têm valor.
«A paz será obra da justiça, e o fruto do direito será a tranquilidade e a segurança para sempre»
Como viver, então, a Palavra de Vida durante este mês? Dedicando-nos com um zelo ainda maior aos deveres profissionais, à ética, à honestidade, à legalidade. Considerando as outras pessoas como se fossem da nossa família, e que, por isso, esperam de nós atenção, respeito, uma atitude solidária. Se na base da nossa vida, nos nossos relacionamentos com o próximo, pusermos a mútua e continua caridade (que precede todas as coisas), como a mais perfeita expressão do nosso amor para com Deus, então a nossa justiça será mesmo agradável a Deus.
«A paz será obra da justiça, e o fruto do direito será a tranquilidade e a segurança para sempre»
Um polícia do Sul da Itália - por uma opção de solidariedade para com as pessoas mais necessitadas da sua cidade - decidiu ir viver com a sua família num dos bairros económicos construídos há pouco tempo: as ruas são de terra batida, não há iluminação pública, não existe água canalizada, nem esgotos. E, quanto a serviços sociais e transportes públicos, nem se fala! ...
«Procurámos criar com cada família e morador do bairro - conta ele - uma relação de conhecimento e de diálogo, tentando diminuir o abismo entre os cidadãos e a administração pública. Pouco a pouco, os cerca de três mil habitantes do bairro tornaram-se sujeitos activos, na relação com as instituições públicas, através de uma comissão criada para esse efeito. Conseguiu-se obter, da administração regional, a aplicação pública de uma grande soma para o saneamento do bairro, que agora se tornou um bairro-piloto. Isto deu origem a actividades formativas para os representantes de todas as comissões de bairros da cidade».

quinta-feira, 3 de abril de 2008

A chama de Amor Viva
Canções da alma na íntima comunicação
de união de amor de Deus
1. Ó chama de amor viva
Que ternamente feres
A minha alma no mais profundo centro!
Pois já não sendo esquiva
Acaba já, se queres,
Rasga a tela deste doce encontro!
2. Oh cautério suave!
Oh deliciosa chaga!
Oh branda mão! Oh toque delicado
Que à vida eterna sabe
E quanto devo paga!
Matando, a morte em vida a tens mudado.
3. Oh lâmpadas de fogo
Em cujos resplendores
As profundas cavernas do sentido,
Que estava escuro e cego,
Com estranhos primores
Calor e luz dão junto ao seu querido!
4. Quão manso e amoroso
Acordas em meu seio
Onde em segredo tu sozinho moras!
E em teu aspirar gostoso,
De bem e glória cheio,
Quão delicadamente me enamoras!
São João da Cruz
Queremos ver Jesus
«Queríamos ver a Jesus» (Jo 12,21). Este pedido, feito ao apóstolo Filipe por alguns gregos que tinham ido em peregrinação a Jerusalém por ocasião da Páscoa, ecoou espiritualmente também aos nossos ouvidos ... Como aqueles peregrinos de há dois mil anos os homens do nosso tempo, talvez sem se darem conta, pedem aos crentes de hoje não só que lhes «falem» de Cristo, mas também que de certa forma lh'O façam «ver». E não é porventura a missão da Igreja reflectir a luz de Cristo em cada época da história, e por conseguinte fazer resplandecer o seu rosto também diante das gerações do novo milénio?
Mas, o nosso testemunho seria excessivamente pobre, se não fôssemos primeiro contemplativos do seu rosto.

Cf. João Paulo II, Carta Apostólica Novo Millennio Ineunte, 16

terça-feira, 1 de abril de 2008

A Oração ...
Se passais diante de uma igreja,
entrai e saudai Nosso Senhor.
Será possível
passar diante da porta de um amigo
sem o cumprimentar?
A oração é uma doce amizade,
uma familiaridade espantosa,
um suave encontro de filho com o Pai.
Não é necessário falar para rezar bem,
sabemos que o Bom Deus está aqui
no seu sacrário,
abrimos o nosso coração,
comprazemo-nos
na sua Santa Presença,
esta é a melhor oração.
São João Maria Vianney