terça-feira, 31 de dezembro de 2019


NOVENA DA EPIFANIA
5º Dia: 31.Dezembro.2019

Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorar o Senhor.

MEDITAÇÃO
“Na solenidade da Epifania, a Igreja continua a contemplar e a celebrar o mistério do nascimento de Jesus Salvador. Em particular, a celebração hodierna sublinha o destino e o significado universais deste nascimento. Fazendo-se homem no seio de Maria, o Filho de Deus veio não só para o povo de Israel, representado pelos pastores de Belém, mas também para a humanidade inteira, representada pelos Magos. E é precisamente a respeito dos Magos e do seu caminho em busca do Messias (cf. Mt 2, 1-12) que hoje a Igreja nos convida a meditar e a rezar. No Evangelho ouvimos que eles, tendo chegado a Jerusalém provenientes do Oriente, perguntam: «Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo» (V. 2). Que tipo de pessoas eram, e que espécie de estrela era aquela? Eles eram, provavelmente, sábios que perscrutavam o céu, mas não para procurar «ler» o futuro nos astros, eventualmente para obter disto um lucro; eram sobretudo homens «à procura» de algo mais, em busca da verdadeira luz, que seja capaz de indicar o caminho a percorrer na vida. Eram pessoas convictas de que na criação existe aquela que poderíamos definir como a «assinatura» de Deus, uma assinatura que o homem pode e deve procurar descobrir e decifrar.
A linguagem da criação permite-nos percorrer um bom trecho de caminho rumo a Deus, mas não nos concede a luz definitiva. No final, para os Magos era indispensável ouvir a voz das Sagradas Escrituras: unicamente elas podiam indicar-lhes o caminho. A Palavra de Deus é a verdadeira estrela que, na incerteza dos discursos humanos, nos oferece o imenso esplendor da verdade divina. Caros irmãos e irmãs, deixemo-nos guiar pela estrela, que é a Palavra de Deus; sigamo-la na nossa vida, caminhando com a Igreja, onde a Palavra armou a sua tenda. A nossa senda será sempre iluminada por uma luz que sinal algum nos pode oferecer. E também nós poderemos tornar-nos estrelas para os outros, reflexo daquela luz que Cristo fez resplandecer sobre nós.”
Bento XVI, «Homilia» na Santa Missa na Solenidade da Epifania do Senhor, 06 de Janeiro de 2011

ORAÇÃO
Manifestai-Vos, Senhor, 
de modo tão claro, luminoso, irresistível e arrebatador, 
que eu não possa resistir-Vos, 
nem deixar de Vos dizer com os lábios e com a vida: 
“faça-se em mim segundo a Vossa Vontade”.

Pai Nosso…

Senhor Deus omnipotente, que neste dia revelastes o vosso Filho Unigénito aos gentios guiados por uma estrela, a nós que já Vos conhecemos pela fé levai-nos a contemplar face a face a vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019


NOVENA DA EPIFANIA
4º Dia: 30.Dezembro.2019

Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorar o Senhor.

MEDITAÇÃO
“A grande luz que irradia da Gruta de Belém, através dos Magos provenientes do Oriente, inunda a humanidade inteira.
Eles levaram ouro, incenso e mirra. Sem dúvida, não são dons que correspondem às necessidades primárias ou quotidianas. Naquele momento, a Sagrada Família certamente teria tido mais necessidade de algo diferente do incenso e da mirra, e nem sequer o ouro podia ser-lhe imediatamente útil. Mas estes dons têm um profundo significado: são um acto de justiça. Com efeito, segundo a mentalidade em vigor nessa época no Oriente, representam o reconhecimento de uma pessoa como Deus e Rei: ou seja, são um acto de submissão. Querem dizer que a partir daquele momento os doadores pertencem ao soberano e reconhecem a sua autoridade. A consequência a que isto dá origem é imediata. Os Magos já não podem continuar pelo seu caminho, já não podem regressar para junto de Herodes, já não podem ser aliados com aquele soberano poderoso e cruel. Foram conduzidos para sempre pela senda do Menino, aquela que lhes fará ignorar os grandes e os poderosos deste mundo e que os conduzirá para Aquele que nos espera no meio dos pobres, o único caminho do amor que pode transformar o mundo.
Portanto, os Magos não só se puseram a caminho, mas a partir daquele seu gesto teve início algo de novo, foi traçado um novo caminho, desceu sobre o mundo uma nova luz que não se apagou. Realiza-se a visão do profeta: aquela luz não pode mais ser ignorada no mundo: os homens caminharão rumo àquele Menino e serão iluminados pela alegria que só Ele sabe doar. A luz de Belém continua a resplandecer no mundo inteiro. A quantos a acolheram, Santo Agostinho recorda: "Também nós, reconhecendo Cristo, nosso rei e sacerdote morto por nós, O honramos como se tivéssemos oferecido ouro, incenso e mirra; só nos falta dar testemunho dele, percorrendo um caminho diferente daquele pelo qual viemos" (Sermo 202. In Epiphania Domini, 3, 4).
Bento XVI, «Homilia» na Santa Missa da Noite de Natal na Solenidade da Epifania do Senhor, 06 de Janeiro de 2010

ORAÇÃO
Manifestai-Vos, Senhor,
de modo tão claro, luminoso, irresistível e arrebatador, 
que eu não possa resistir-Vos,
nem deixar de Vos dizer com os lábios e com a vida:
“faça-se em mim segundo a Vossa Vontade”.

Pai Nosso…

Senhor Deus omnipotente, que neste dia revelastes o vosso Filho Unigénito aos gentios guiados por uma estrela, a nós que já Vos conhecemos pela fé levai-nos a contemplar face a face a vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

domingo, 29 de dezembro de 2019


NOVENA DA EPIFANIA
3º Dia: 29.Dezembro.2019

Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorar o Senhor.

MEDITAÇÃO
“Na festa da Epifania, em que recordamos a manifestação de Jesus à humanidade no rosto dum Menino, sentimos ao nosso lado os Magos como sábios companheiros de estrada. O seu exemplo ajuda-nos a levantar os olhos para a estrela e seguir os anseios grandes do nosso coração. Ensinam-nos a não nos contentarmos com uma vida medíocre, sem «grandes voos», mas a deixarmo-nos sempre fascinar pelo que é bom, verdadeiro, belo... por Deus, que é tudo isso elevado ao máximo! E ensinam-nos a não nos deixarmos enganar pelas aparências, por aquilo que, aos olhos do mundo, é grande, sábio, poderoso. É preciso não se deter aí. É necessário guardar a fé. Neste tempo, isto é muito importante: guardar a fé. É preciso ir mais além, além da escuridão, além do fascínio das Sereias, além da mundanidade, além de muitas modernidades que existem hoje, ir rumo a Belém, onde, na simplicidade duma casa de periferia, entre uma mãe e um pai cheios de amor e de fé, brilha o Sol nascido do alto, o Rei do universo. Seguindo o exemplo dos Magos, com as nossas pequenas luzes, procuramos a Luz e guardamos a fé. Assim seja!”
Francisco, «Homilia» na Santa Missa da Noite de Natal na Solenidade da Epifania do Senhor, 06 de Janeiro de 2014

ORAÇÃO
Manifestai-Vos, Senhor,
de modo tão claro, luminoso, irresistível e arrebatador, 
que eu não possa resistir-Vos, 
nem deixar de Vos dizer com os lábios e com a vida: 
“faça-se em mim segundo a Vossa Vontade”.

Pai Nosso…

Senhor Deus omnipotente, que neste dia revelastes o vosso Filho Unigénito aos gentios guiados por uma estrela, a nós que já Vos conhecemos pela fé levai-nos a contemplar face a face a vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

sábado, 28 de dezembro de 2019


NOVENA DA EPIFANIA
2º Dia: 28.Dezembro.2019

Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorar o Senhor.

MEDITAÇÃO
“Lumen gentium... Christus", "Cristo é a luz dos povos" (Lg, 1).
O tema da luz domina a solenidade do Natal e da Epifania, que antigamente e ainda hoje no Oriente estavam unidas numa só grande "festa das luzes". No sugestivo clima da Noite Santa apareceu a luz; nasceu Cristo "luz dos povos". É ele o "sol que surge do alto (cf. Lc, 1, 78). Sol vindo ao mundo para dissipar as trevas do mal e inundá-lo com o esplendor do amor divino. Escreve o evangelista João: "O Verbo era a luz verdadeira que, vindo ao mundo, a todo o homem ilumina" (1, 9).
"Deus lux est Deus é luz", recorda sempre São João, sintetizando não uma teoria gnóstica, mas "a mensagem que recebemos dele (1 Jo 1, 5), isto é de Jesus. No Evangelho, ele lembra de novo a expressão recolhida dos lábios do Mestre: "Eu sou a luz do mundo; quem Me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida" (Jo 8, 12).
Encarnando, o Filho de Deus manifestou-se como luz. Luz não só para o exterior, na história do mundo, mas também para o interior do homem, na sua história pessoal. Fez-se um de nós dando sentido e valor renovado à nossa existência terrena. Deste modo, no pleno respeito pela liberdade humana, Cristo tornou-se "lux mundi a luz do mundo". Luz que brilha nas trevas (Jo 1, 5).
Hoje, solenidade da "Epifania", que significa "Manifestação", volta com vigor o tema da luz. Hoje, o Messias, que em Belém se manifestou a humildes pastores da região, continua a revelar-se luz dos povos de todos os tempos e de todos os lugares. Para os magos, vindos do Oriente para o adorar, a luz do "rei dos Judeus que acaba de nascer" (Mt 2, 2) assume a forma de um astro celeste, muito brilhante, a ponto de atrair o seu olhar e os guiar até Jerusalém. Põe-nos, assim, nas pegadas da antigas profecias messiânicas: "uma estrela sai de Jacob e um ceptro flamejante surge do seio de Israel..." (Nm 24, 17).
Como é sugestivo o símbolo da estrela que se repete em toda a iconografia do Natal e Epifania!
Ainda hoje, evoca profundos sentimentos, mesmo se, como tantos outros sinais do sagrado, corre o risco de se tornar banalizada pelo uso consumista que dela é feito. Todavia, recolocada no seu contexto original, a estrela que contemplamos no presépio fala ao espírito e ao coração do homem do terceiro milénio.
Fala ao homem secularizado, despertando nele a nostalgia da sua condição de viandante à procura da verdade e desejoso de absoluto. A própria etimologia do verbo "desejar" evoca a experiência dos navegantes, que se orientam durante a noite observando os astros, que em latim se chamam "sidera".
Quem não sente a necessidade de uma "estrela" que o guie no seu caminho sobre a terra? Sentem esta necessidade tanto os indivíduos como as nações. Para vir ao encontro deste desejo de salvação universal, o Senhor escolheu para si um povo, que fosse estrela orientadora para "todas as famílias da terra" (Gn 12, 3). Com a Encarnação de seu Filho, Deus alargou, depois, a eleição a todos os outros povos, sem distinção de raça e cultura. Assim nasceu a Igreja, formada por homens e mulheres que, "unidos em Cristo, são dirigidos pelo Espírito Santo na sua peregrinação para o Reino do Pai e receberam uma mensagem de salvação, que devem comunicar a todos" (Gs 1).
Ressoa, portanto, para toda a Comunidade eclesial o oráculo do profeta Isaías, que escutámos na primeira leitura: Levanta-te e resplandece, chegou a tua luz; a glória do Senhor levanta-se sobre ti!... As nações caminharão à tua luz, os reis, ao resplendor da tua aurora" (Is 60, 1.3).”
São João Paulo II, «Homilia» na Santa Missa na Solenidade da Epifania do Senhor, 06 de Janeiro de 2002

ORAÇÃO
Manifestai-Vos, Senhor,
de modo tão claro, luminoso, irresistível e arrebatador,
que eu não possa resistir-Vos,
nem deixar de Vos dizer com os lábios e com a vida:
“faça-se em mim segundo a Vossa Vontade”.

Pai Nosso…

Senhor Deus omnipotente, que neste dia revelastes o vosso Filho Unigénito aos gentios guiados por uma estrela, a nós que já Vos conhecemos pela fé levai-nos a contemplar face a face a vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019


NOVENA DA EPIFANIA
1º Dia: 27.Dezembro.2019

Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorar o Senhor.

MEDITAÇÃO
“"Levanta-te, [Jerusalém], e resplandece, chegou a tua luz; a glória do Senhor levanta-se sobre ti" (Is 60, 1).
O profeta Isaías dirige o olhar para o futuro. Ele não contempla o futuro profano. Iluminado pelo Espírito, volta o seu olhar para a plenitude dos tempos, para a realização do desígnio de Deus no tempo messiânico.
O oráculo que o profeta pronuncia refere-se à Cidade santa, que ele vê resplandecente de luz: "Olha: a noite cobre a terra e a escuridão os povos; mas sobre ti levantar-se-á o Senhor, a sua glória te iluminará" (Ibid., v. 2). Foi precisamente isto que aconteceu com a Encarnação do Verbo de Deus. Com Ele, "a luz vinda ao mundo a todo o homem ilumina" (Jo 1, 9). Afinal, o destino de cada um é decidido tendo como base a aceitação ou a rejeição desta luz: com efeito, nela reside a vida dos homens (cf. Jo 1, 4).
A luz que apareceu no Natal alarga hoje a amplitude do seu raio: é a luz da Epifania de Deus. Já não são apenas os pastores de Belém que a vêem e a seguem, mas também os Reis Magos que, tendo partido do Oriente, chegaram a Jerusalém para adorar o Rei que tinha nascido (cf. Mt 2, 1-2). Com os Magos estão as nações, que iniciam o seu caminho em direcção à Luz divina.”
São João Paulo II, «Homilia» na Santa Missa na Solenidade da Epifania do Senhor, 06 de Janeiro de 2000

ORAÇÃO
Manifestai-Vos, Senhor,
de modo tão claro, luminoso, irresistível e arrebatador,
que eu não possa resistir-Vos,
nem deixar de Vos dizer com os lábios e com a vida:
“faça-se em mim segundo a Vossa Vontade”.

Pai Nosso…
Senhor Deus omnipotente, que neste dia revelastes o vosso Filho Unigénito aos gentios guiados por uma estrela, a nós que já Vos conhecemos pela fé levai-nos a contemplar face a face a vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

terça-feira, 24 de dezembro de 2019


Novena de Natal 
com o Papa Francisco
9º Dia: 24.Dezembro.2019

Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor.

Meditação
A pouco e pouco, o Presépio leva-nos à gruta, onde encontramos as figuras de Maria e de José. Maria é uma mãe que contempla o seu Menino e O mostra a quantos vêm visitá-Lo. A sua figura faz pensar no grande mistério que envolveu esta jovem, quando Deus bateu à porta do seu coração imaculado. Ao anúncio do anjo que Lhe pedia para Se tornar a mãe de Deus, Maria responde com obediência plena e total. As suas palavras – «eis a serva do Senhor, faça-se em Mim segundo a tua palavra» (Lc 1, 38) – são, para todos nós, o testemunho do modo como abandonar-se, na fé, à vontade de Deus. Com aquele «sim», Maria tornava-Se mãe do Filho de Deus, sem perder – antes, graças a Ele, consagrando – a sua virgindade. N’Ela, vemos a Mãe de Deus que não guarda o seu Filho só para Si mesma, mas pede a todos que obedeçam à palavra d’Ele e a ponham em prática (cf. Jo 2, 5).
Ao lado de Maria, em atitude de quem protege o Menino e sua mãe, está São José. Geralmente, é representado com o bordão na mão e, por vezes, também segurando um lampião. São José desempenha um papel muito importante na vida de Jesus e Maria. É o guardião que nunca se cansa de proteger a sua família. Quando Deus o avisar da ameaça de Herodes, não hesitará a pôr-se em viagem emigrando para o Egito (cf. Mt 2, 13-15). E depois, passado o perigo, reconduzirá a família para Nazaré, onde será o primeiro educador de Jesus, na sua infância e adolescência. José trazia no coração o grande mistério que envolvia Maria, sua esposa, e Jesus; homem justo que era, sempre se entregou à vontade de Deus e pô-la em prática.
O coração do Presépio começa a palpitar, quando colocamos lá, no Natal, a figura do Menino Jesus. Assim Se nos apresenta Deus, num menino, para fazer-Se acolher nos nossos braços. Naquela fraqueza e fragilidade, esconde o seu poder que tudo cria e transforma. Parece impossível, mas é assim: em Jesus, Deus foi criança e, nesta condição, quis revelar a grandeza do seu amor, que se manifesta num sorriso e nas suas mãos estendidas para quem quer que seja.”
Francisco, Carta Apostólica «Admirabile Signum», 7-8

Oração
Pai Nosso…

Senhor nosso Deus, que todos os anos nos alegrais com a esperança da salvação, concedei-nos a graça de vermos sem temor vir um dia como juiz Aquele que em alegria recebemos como Redentor, Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Montando o Presépio 2019
Ao ritmo da Palavra de Deus e do Ensino da Igreja
Maria (a Mãe de Cristo)

Para escutar
Do Evangelho de São Lucas 
(Lc 1, 28-38)
“Ao entrar em casa dela, o anjo disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo.» Ao ouvir estas palavras, ela perturbou-se e inquiria de si própria o que significava tal saudação. Disse-lhe o anjo: «Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus. Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Será grande e vai chamar-se Filho do Altíssimo. O Senhor Deus vai dar-lhe o trono de seu pai David, reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim.» Maria disse ao anjo: «Como será isso, se eu não conheço homem?» O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus. Também a tua parente Isabel concebeu um filho na sua velhice e já está no sexto mês, ela, a quem chamavam estéril, porque nada é impossível a Deus.» Maria disse, então: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.» E o anjo retirou-se de junto dela”.

Para Meditar
Palavras do Papa Bento XVI
Bento XVI, «Homilia», durante a Concelebração Eucarística na paróquia romana de Santa Maria Consoladora, 18/12/2005
Maria responde ao Anjo: “Eu sou a Serva do Senhor. Faça-se em mim, segundo a tua vontade”. Assim, Maria antecipa a terceira invocação do Pai-Nosso: “Seja feita a vossa vontade”. Ela diz “sim” à grande vontade de Deus, uma vontade aparentemente demasiado grande para um ser humano; Maria diz “sim” àquela vontade divina, (…) e assim abre a porta do mundo a Deus. Adão e Eva, com o seu “não” à vontade de Deus, tinham fechado esta porta. “Seja feita a vontade de Deus”: Maria convida-nos, também a nós, a pronunciar este “sim”, que às vezes parece tão difícil. Somos tentados a preferir a nossa vontade, mas Ela diz-nos: “Tem coragem, também tu diz: «Seja feita a tua vontade», porque esta vontade é boa”. Inicialmente, pode parecer um peso insuportável, um jugo que não é possível carregar; mas na realidade, a vontade de Deus não é um peso; a vontade de Deus concede-nos asas para voar alto, e assim com Maria também nós podemos ousar abrir a Deus a porta da nossa vida, as portas deste mundo, dizendo “sim” à sua vontade, conscientes de que esta vontade é o verdadeiro bem e nos orienta para a felicidade autêntica. Oremos a Maria (…), nossa Mãe, Mãe da Igreja, para que nos infunda a coragem de pronunciar este “sim”, que nos conceda também esta alegria de estar com Deus e que nos oriente rumo ao seu Filho, à Vida verdadeira (…).

Para rezar
Quanta luz sobre o mundo,
quanta graça para todo o Céu!
Que fulgor, quando Cristo saiu do ventre de Maria,
com um esplendor jamais visto.
Salvé, Mãe Santa, que deste à luz um rei
que ao mesmo tempo governa o Céu e a terra
e cuja divindade e domínio não têm fim.
Celio Sedulio (séc. V)

Para rezar em conjunto
Pai Nosso… 
Avé Maria… 
Glória ao Pai…

V/. Mãe de Deus e Mãe da Igreja.
R/. Rogai por nós.

Para terminar
V/. Bendigamos ao Senhor.
R/. Graças a Deus.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019


Novena de Natal 
com o Papa Francisco
8º Dia: 23.Dezembro.2019

Erguei-vos e levantai a cabeça: está perto a vossa redenção.

Meditação
“Nos nossos Presépios, costumamos colocar muitas figuras simbólicas. Em primeiro lugar, as de mendigos e pessoas que não conhecem outra abundância a não ser a do coração. Também estas figuras estão próximas do Menino Jesus de pleno direito, sem que ninguém possa expulsá-las ou afastá-las dum berço de tal modo improvisado que os pobres, ao seu redor, não destoam absolutamente. Antes, os pobres são os privilegiados deste mistério e, muitas vezes, aqueles que melhor conseguem reconhecer a presença de Deus no meio de nós.
No Presépio, os pobres e os simples lembram-nos que Deus Se faz homem para aqueles que mais sentem a necessidade do seu amor e pedem a sua proximidade. Jesus, «manso e humilde de coração» (Mt 11, 29), nasceu pobre, levou uma vida simples, para nos ensinar a identificar e a viver do essencial. Do Presépio surge, clara, a mensagem de que não podemos deixar-nos iludir pela riqueza e por tantas propostas efémeras de felicidade. Como pano de fundo, aparece o palácio de Herodes, fechado, surdo ao jubiloso anúncio. Nascendo no Presépio, o próprio Deus dá início à única verdadeira revolução que dá esperança e dignidade aos deserdados, aos marginalizados: a revolução do amor, a revolução da ternura. Do Presépio, com meiga força, Jesus proclama o apelo à partilha com os últimos como estrada para um mundo mais humano e fraterno, onde ninguém seja excluído e marginalizado.
Muitas vezes, as crianças (mas os adultos também!) gostam de acrescentar, no Presépio, outras figuras que parecem não ter qualquer relação com as narrações do Evangelho. Contudo esta imaginação pretende expressar que, neste mundo novo inaugurado por Jesus, há espaço para tudo o que é humano e para toda a criatura. Do pastor ao ferreiro, do padeiro aos músicos, das mulheres com a bilha de água ao ombro às crianças que brincam… tudo isso representa a santidade do dia a dia, a alegria de realizar de modo extraordinário as coisas de todos os dias, quando Jesus partilha connosco a sua vida divina.”
Francisco, Carta Apostólica «Admirabile Signum», 6

Oração
Pai Nosso…

Deus eterno e omnipotente: ao aproximar-se o nascimento do vosso Filho em nossa carne mortal, fazei-nos sentir a abundância da vossa misericórdia, que O fez encarnar no seio da Virgem Santa Maria e habitar entre nós. Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. 

Montando o Presépio 2019
Ao ritmo da Palavra de Deus e do Ensino da Igreja
5º - José
(o guardião de Jesus)

Para escutar
Do Evangelho de São Mateus
(Mt 1, 18-25)
“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo. José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente. Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.» Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho; e hão-de chamá-lo Emanuel, que quer dizer: Deus connosco. Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa. E, sem que antes a tivesse conhecido, ela deu à luz um filho, ao qual ele pôs o nome de Jesus”.

Para Meditar
Palavras do Papa Francisco
Francisco, «Homilia», Santa Missa, Imposição do Pálio e Entrega do Anel do Pescador 
para o Início do Ministério Petrino do Bispo de Roma, 19/03/2013
“«José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa» (Mt 1, 24). Nestas palavras, encerra-se já a missão que Deus confia a José: ser (…) , guardião. Guardião de quem? De Maria e de Jesus, mas é uma guarda que depois se alarga à Igreja, como sublinhou o Beato João Paulo II: «São José, assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo».
Como realiza José esta guarda? Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender. (…)
José é «guardião», porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, (…). Nele, (…), vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação!
(…) Guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus!”

Para rezar
Deus todo-poderoso, 
que na aurora dos novos tempos confiastes a São José 
a guarda dos mistérios da salvação dos homens, 
concedei à vossa Igreja, por sua intercessão, 
a graça de os conservar fielmente 
e de os realizar até à sua plenitude. 
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, 
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Para rezar em conjunto
Pai Nosso… 
Avé Maria… 
Glória ao Pai…

V/. Mãe de Deus e Mãe da Igreja.
R/. Rogai por nós.

Para terminar
V/. Bendigamos ao Senhor.
R/. Graças a Deus.

domingo, 22 de dezembro de 2019


Coroa de Advento em Família
(22.Dezembro.2019)
A família junta-se à volta da Coroa de Advento e o pai ou a mãe inicia a celebração dizendo:

Leitor/a:
José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é fruto do Espírito Santo. Ela dará à luz um Filho e tu pôr-Lhe-ás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecado.
Evangelho de São Mateus
Pai/Mãe:
Jesus vem, mas não vem para deixar tudo na mesma.
Leitor/a:
Não porei o Senhor à prova.”
Profeta Isaías
Pai/Mãe:
Jesus vem em nome de Deus, ensina-nos e convida-nos a viver de outra forma, a forma de Deus.
Leitor/a:
A todos ..., amados por Deus e chamados a serem santos, a graça e a paz de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.”
Epístola de São Paulo aos Romanos

O filho/a para isso destinado, acende a 4ª vela da Coroa de Advento.
Entretanto CANTA-SE:
Luz que vem iluminar as nações e glória do vosso povo, Israel.
Ou outro que fale de Luz (Ex: A Luz de Cristo, ilumina a terra inteira, Aleluia, Aleluia).

Toda a família em conjunto:
Uma vela arde em sinal de amor, do Vosso Amor.
Uma vez mais, neste Advento, 
o Deus connosco, o Deus de Maria e José 
vem até nós.
Que a luz da Fé que de Vós nos vem, Senhor, 
brilhe sempre nas nossas vidas.

Pai/Mãe:
Infundi, Senhor, a vossa graça em nossas almas, 
para que nós, que pela anunciação do Anjo 
conhecemos a encarnação de Cristo, vosso Filho, 
pela sua paixão e morte na cruz 
alcancemos a glória da ressurreição. 
Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, 
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

Montando o Presépio 2019
Ao ritmo da Palavra de Deus e do Ensino da Igreja
4º - Os Pastores
(que se alegram por ter encontrado Jesus)

Para escutar
Do Evangelho de São Lucas 
(Lc 2, 15-18.20)
“Os pastores disseram uns aos outros: «Vamos a Belém ver o que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer.» Foram apressadamente e encontraram Maria, José e o menino deitado na manjedoura. Depois de terem visto, começaram a divulgar o que lhes tinham dito a respeito daquele menino. Todos os que ouviram se admiravam do que lhes diziam os pastores. E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora anunciado”.

Para Meditar
Palavras do Papa Bento XVI
Bento XVI, «Homilia» Missa da Meia-Noite na Solenidade do Natal do Senhor, 24/12/2005 
Os Pastores “de noite vigiavam, perto das suas ovelhas. Mas vale também num sentido mais profundo: estavam disponíveis à palavra de Deus. A sua vida não estava fechada em si mesma; o seu coração estava aberto. De certo modo, no mais fundo de si mesmos, estavam à espera d’Ele. A sua vigilância era disponibilidade - disponibilidade para ouvirem, disponibilidade para se porem a caminho. Estavam à espera da luz que lhes indicasse o caminho. E isto é o que interessa a Deus. Ele ama a todos, porque todos são criaturas suas. Mas, algumas pessoas têm a sua alma fechada; o seu amor não encontra qualquer acesso a eles. Pensam que não têm necessidade de Deus; não O querem. (…) Estes esperam Deus. Sabem que têm necessidade da sua bondade, embora não tenham uma ideia precisa dela. No seu íntimo, aberto à expectativa, a luz de Deus pode entrar, e com ela a sua paz. Deus procura pessoas que levem e comuniquem a sua paz. Peçamos-Lhe para fazer com que não encontre fechado o nosso coração. Esforcemo-nos por nos tornarmos capazes de ser portadores activos da sua paz - precisamente no nosso tempo”.

Para rezar
Senhor Jesus, nós nos aproximamos,
com os pastores, do vosso presépio
para Vos contemplar envolto em panos
e reclinado na manjedoira.
Ó Menino de Belém,
Vos adoramos em silêncio com Maria,
vossa Mãe sempre Virgem.
A Vós glória e louvor nos séculos,
divino Salvador do mundo! 
Ámen.
São João Paulo II

Para rezar em conjunto
Pai Nosso… 
Avé Maria…

Glória ao Pai…

V/. Mãe de Deus e Mãe da Igreja.
R/. Rogai por nós.

Para terminar
V/. Bendigamos ao Senhor.
R/. Graças a Deus.

Novena de Natal
com o Papa Francisco
7º Dia: 22.Dezembro.2019

Venha o Senhor: é Ele o rei glorioso.

Meditação
Armar o Presépio em nossas casas ajuda-nos a reviver a história sucedida em Belém. Naturalmente os Evangelhos continuam a ser a fonte, que nos permite conhecer e meditar aquele Acontecimento; mas, a sua representação no Presépio ajuda a imaginar as várias cenas, estimula os afetos, convida a sentir-nos envolvidos na história da salvação, contemporâneos daquele evento que se torna vivo e atual nos mais variados contextos históricos e culturais.
De modo particular, desde a sua origem franciscana, o Presépio é um convite a «sentir», a «tocar» a pobreza que escolheu, para Si mesmo, o Filho de Deus na sua encarnação, tornando-se assim, implicitamente, um apelo para O seguirmos pelo caminho da humildade, da pobreza, do despojamento, que parte da manjedoura de Belém e leva até à Cruz, e um apelo ainda a encontrá-Lo e servi-Lo, com misericórdia, nos irmãos e irmãs mais necessitados (cf. Mt 25, 31-46).”
Francisco, Carta Apostólica «Admirabile Signum», 3

Oração
Pai Nosso…

Infundi, Senhor, a vossa graça em nossas almas, para que nós, que pela anunciação do Anjo conhecemos a encarnação de Cristo, vosso Filho, pela sua paixão e morte na cruz alcancemos a glória da ressurreição. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.