segunda-feira, 31 de março de 2008

Eis a morada de Deus entre os Homens:
MARIA,
Terra admirável,
Terra da promissão,
Mãe do Emanuel.

domingo, 30 de março de 2008

II DOMINGO DO TEMPO PASCAL
(Festa da Divina Misericórdia)
Evangelho do Dia
Na tarde daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam, com medo dos judeus, veio Jesus, apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos ficaram cheios de alegria ao verem o Senhor. Jesus disse-lhes de novo: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo: àqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos». Tomé, um dos Doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Disseram-lhe os outros discípulos: «Vimos o Senhor». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, se não meter o dedo no lugar dos cravos e a mão no seu lado, não acreditarei». Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, apresentou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». Depois disse a Tomé: «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Tomé respondeu-Lhe: «Meu Senhor e meu Deus!». Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste acreditaste: felizes os que acreditam sem terem visto». Muitos outros milagres fez Jesus na presença dos seus discípulos, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para acreditardes que Jesus é o Messias, o Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em seu nome. (Jo 20, 19-31)

sábado, 29 de março de 2008

“Amar a Deus e ao próximo…”
Amor a Deus e amor ao próximo são inseparáveis, constituem um único mandamento. Mas, ambos vivem do amor preveniente com que Deus nos amou primeiro. Deste modo, já não se trata de um «mandamento» que do exterior nos impõe o impossível, mas de uma experiência do amor proporcionada do interior, um amor que, por sua natureza, deve ser ulteriormente comunicado aos outros. O amor cresce através do amor. O amor é «divino», porque vem de Deus e nos une a Deus, e, através deste processo unificador, transforma-nos em um Nós, que supera as nossas divisões e nos faz ser um só, até que, no fim, Deus seja «tudo em todos» (1 Cor 15, 28).
Bento XVI, Deus Caritas Este, 18

quinta-feira, 27 de março de 2008

EVANGELHO DE HOJE
Naquele tempo, os discípulos de Emaús contaram o que tinha acontecido no caminho e como tinham reconhecido Jesus ao partir do pão. Enquanto diziam isto, Jesus apresentou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco». Espantados e cheios de medo, julgavam ver um espírito. Disse-lhes Jesus: «Porque estais perturbados e porque se levantam esses pensamentos nos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo; tocai-Me e vede: um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho». Dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E como eles, na sua alegria e admiração, não queriam ainda acreditar, perguntou-lhes: «Tendes aí alguma coisa para comer?» Deram-Lhe uma posta de peixe assado, que Ele tomou e começou a comer diante deles. Depois disse-lhes: «Foram estas as palavras que vos dirigi, quando ainda estava convosco: ‘Tem de se cumprir tudo o que está escrito a meu respeito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos’». Abriu-lhes então o entendimento para compreenderem as Escrituras e disse-lhes: «Assim está escrito que o Messias havia de sofrer e de ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, e que havia de ser pregado em seu nome o arrependimento e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. Vós sois as testemunhas de todas estas coisas».
Evangelho de São Lucas (Lc 24, 35-48)

Ficai connosco, Senhor...

quarta-feira, 26 de março de 2008

Fica connosco, Senhor
«Fica connosco, Senhor, pois a noite vai caindo» (cf. Lc 24,29). Foi este o instante convite que os dois discípulos, directos a Emaús na tarde do próprio dia da ressurreição, dirigiram ao Viajante que se lhes tinha juntado no caminho. Carregados de tristes pensamentos, não imaginavam que aquele desconhecido fosse precisamente o seu Mestre, já ressuscitado. Mas sentiam «arder» o seu íntimo (cf. Lc 24,32), quando Ele lhes falava, «explicando» as Escrituras. A luz da Palavra ia dissipando a dureza do seu coração e «abria-lhes os olhos» (cf. Lc 24, 31). Por entre as sombras do dia que findava e a obscuridade que pairava na alma, aquele Viajante era um raio de luz que fazia despertar a esperança e abria os seus ânimos ao desejo da luz plena. «Fica connosco» suplicaram. E Ele aceitou. Pouco depois o rosto de Jesus teria desaparecido, mas o Mestre «permaneceria» sob o véu do «pão partido», à vista do qual se abriram os olhos deles.
Ao longo do caminho das nossas dúvidas, inquietações e às vezes amargas desilusões, o divino Viajante continua a fazer-se nosso companheiro para nos introduzir, com a interpretação das Escrituras, na compreensão dos mistérios de Deus. Quando o encontro se torna pleno, à luz da Palavra segue-se a luz que brota do «Pão da vida», pelo qual Cristo cumpre de modo supremo a sua promessa de «estar connosco todos os dias até ao fim do mundo» (cf. Mt 28,20).
A «fracção do pão» tal era ao início a designação da Eucaristia sempre esteve no centro da vida da Igreja. Por ela Cristo torna presente, no curso do tempo, o seu mistério de morte e ressurreição. Nela, Cristo em pessoa é recebido como «o pão vivo que desceu do céu» (Jo 6, 51) e, com ele, é-nos dado o penhor da vida eterna, em virtude do qual se saboreia antecipadamente o banquete eterno da Jerusalém celeste.
João Paulo II
(Mane Nobiscum Domine, 2004)

terça-feira, 25 de março de 2008

Porque quero revê-la em ti
Um dia entrei na igreja
e, com o coração cheio de confidência,
perguntei-lhe:
«Porque quiseste ficar na terra,
em todos os lugares da terra,
na dulcíssima Eucaristia,
e não encontraste,
Tu que és Deus,
um modo de trazer
e deixar também Maria,
a Mãe de todos nós que viajamos?».
No silêncio parecia responder:
«Não a trouxe
porque a quero rever em ti.
Mesmo se não sois imaculados,
o meu amor virginizar-vos-á e tu, vós,
abrireis braços e corações de mães à humanidade,
que, como outrora, tem sede do seu Deus e da Mãe dele.
Cabe agora a vós aliviar as dores, as chagas, enxugar as lágrimas.
Canta as ladainhas e procura espelhar-te nelas».

Chiara Lubich
(“Meditações”, Editora Cidade Nova, Abrigada, 2005, pg.49)

domingo, 23 de março de 2008

A Páscoa é sempre o primeiro Domingo depois da primeira lua cheia a seguir o equinócio de Primavera (20 de Março). Esta datação da Páscoa baseia-se no calendário lunar que o povo de Israel usava para conseguir identificar a data da Páscoa judaica, razão pela qual a Páscoa é uma festa móvel.
Como a Páscoa Cristã (Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus), aconteceu durante e no contexto da celebração da Páscoa Judaica, a grande maioria das Igrejas Cristãs usa o método Judaico para calcular e datar a Páscoa Cristã.
Este ano a Páscoa acontece mais cedo do que qualquer um de nós irá ver alguma vez na sua vida! Só os mais velhos, de mais de 95 anos, viram uma Páscoa tão temporã em 1913.
A próxima vez que a Páscoa vai ser celebrada tão cedo, como este ano (23 de Março), será no ano 2228... daqui a 220 anos.
Na próxima vez que a Páscoa for um dia mais cedo, 22 de Março, será no ano 2285 (daqui a 277 anos). A última vez a ser celebrada nesta data (22 de Março) foi em 1818. Por isso, ninguém que esteja vivo hoje, viu ou irá ver uma Páscoa mais cedo do que a deste ano.
À Vítima pascal
ofereçam os cristãos
sacrifícios de louvor.
O Cordeiro

resgatou as ovelhas:
Cristo, O Inocente,
reconciliou com O Pai

os pecadores.
A morte e a vida
travaram

um admirável combate:
Depois de morto,
vive e reina

O Autor da vida.
Diz-nos, Maria:
Que viste no caminho?
Vi O sepulcro de Cristo vivo
e a glória do Ressuscitado.
Vi as testemunhas dos Anjos,
vi O sudário e a mortalha.
Ressuscitou Cristo, minha esperança:
precederá os seus discípulos na Galileia.
Sabemos e acreditamos:
Cristo ressuscitou dos mortos:
Ó Rei vitorioso,
tende piedade de nós.

Sequência Pascal

terça-feira, 18 de março de 2008

O meu nome é OBRIGADO
Referindo-se ao momento do encontro definitivo com Jesus no Paraíso, consciente dos muitos dons que de Deus tinha recebido, quando o seu Abandonado e Ressuscitado lhe perguntasse o nome, Chiara responderia:
"O meu nome é OBRIGADO.
Obrigado por Tudo e para Sempre".
Já o fez.
Da nossa parte, dizemos:
"Obrigado, Senhor, pelas maravilhas que realizaste na vida fecunda de Chiara Lubich".
Assim, nós permitamos que as realizeis na nossa vida.

domingo, 16 de março de 2008

Cristo está em agonia...
«Cristo está em agonia, no horto das oliveiras, até o fim do mundo. Não se pode deixá-lo só todo este tempo» (Pascal). Agoniza lá onde haja um ser humano que luta com a tristeza, o pavor, a angústia, numa situação sem saída como Ele aquele dia. Não podemos fazer nada pelo Jesus agonizante de então, mas podemos fazer algo pelo Jesus que agoniza hoje. Ouvimos diariamente tragédias que se consomem, às vezes na nossa própria vizinhança, na porta da frente, sem que ninguém perceba nada. Quantos hortos das oliveiras, quantos Getsêmanis no coração das nossas cidades! Não deixemos sozinhos os que estão dentro.
Pe. Raniero Cantalamessa
(da Homilia de Domingo de Ramos na Paixão do Senhor de 2008)

sábado, 15 de março de 2008

DOMINGO DE RAMOS
NA PAIXÃO DO SENHOR
Santo André de Creta, bispo, (Séc. VIII)
Bendito o que vem em nome do Senhor,
o Rei de Israel
Vinde, subamos ao Monte das Oliveiras, ao encontro de Cristo que hoje regressa de Betânia e Se encaminha voluntariamente para a sua santa e venerável paixão, a fim de realizar o mistério da salvação dos homens.
Caminha o Senhor livremente para Jerusalém, Ele que desceu do Céu por causa de nós. O Senhor não vem com glória, fausto ou pompa. Ele não gritará nem clamará, diz a Escritura, nem se ouvirá a sua voz; mas será manso e humilde, e entrará com aparência modesta e vestes de pobreza.
Acompanhemos o Senhor, que corre apressadamente para a sua paixão; imitemos aqueles que foram ao seu encontro: não para juncar o caminho com ramos de oliveira ou de palma, tapetes ou mantos, mas para nos prostrarmos a seus pés com humildade e rectidão de espírito, para acolhermos o Verbo que vem até nós.
Alegra-Se Jesus Cristo porque deste modo nos mostra a sua mansidão e humildade, e sobe, por assim dizer, sobre o crepúsculo da nossa ínfima pequenez; veio ao nosso encontro e conviveu connosco, fazendo-Se um de nós, para nos elevar e reconduzir a Si.
Em vez de túnicas ou ramos sem vida, em vez de arbustos que alegram os olhos por pouco tempo, mas depressa perdem a sua frescura, lancemo-nos a nós mesmos aos pés de Cristo, revestidos da sua graça, ou melhor, revestidos d'Ele mesmo, porque todos vós que recebeste o Baptismo de Cristo, fostes revestidos de Cristo; sejamos como túnicas estendidas a seus pés.
Agitando os ramos espirituais da alma, aclamemo-l’O todos os dias, juntamente com as crianças, dizendo estas santas palavras: Bendito o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel.
Dos Sermões de Santo André de Creta, bispo (Oratio 9, In ramos palmarum: PG 97, 990-994) (Séc. VIII)

sexta-feira, 14 de março de 2008

Chiara Lubich,
fundadora do Movimento dos Focolares
partiu para o Paraíso

Num clima sereno, de oração e de intensa comoção, Chiara Lubich, com 88 anos, concluiu a sua viagem terrena esta noite, 14 de Março de 2008, às 2 da manhã, na sua casa, em Rocca di Papa (Roma), para onde tinha regressado, durante a noite de ontem, por sua expressa vontade, após o internamento na Clínica Gemelli.
Ontem, durante todo o dia, centenas de pessoas – familiares, estreitos colaboradores e os seus filhos espirituais – passaram pelo seu quarto para lhe dar o último adeus, ficando depois em recolhimento na capela contígua, e finalmente rezando, no jardim da casa de Chiara. Uma ininterrupta e contínua procissão. A alguns, Chiara fez um aceno com a cabeça, apesar da extrema debilidade.
Continuam a chegar, de todas as partes do mundo, mensagens de participação e de plena comunhão por parte de alguns líderes religiosos, políticos, académicos e civis, e de muita gente do “seu” povo.
O funeral terá lugar na próxima Terça-feira, 18 de Março, pelas 15h00 (hora local, menos uma em Lisboa), na Basílica papal de São Paulo fora de muros, em Roma.

Saudade do Paraíso
Às vezes apodera-se de nós uma saudade de Paraíso. Às vezes sentimos o peso desta vida na terra e da espera.
Mas imediatamente Alguém nos chama interiormente a recolhermo-nos a sós com o Eterno e nos consola, nos estimula a continuar a vida assim até quando Ele quiser.
São momentos em que nos sentimos como uma criança abraçada e estreitada nos braços da mãe, onde já não nos falta mais nada. E naquele conforto recebemos novo alento e sentimos que não está certo, e que nem sequer é justo ir já gozar eternamente daquilo que a bondade de Deus nos preparou. Uma eternidade bem-aventurada deve ser merecida. E, como as flores com o sol da Primavera, reflorescem propósitos verdadeiros de heroísmo quotidiano, decisões cristãs de viver bem, até à perfeição, os dias que nos restam. E procuramos e voltamos a procurar na alma os melhores pensamentos que no passado nos deram asas. Apanhando um, depressa o imprimimos de novo no coração como confirmação e lema, como ideal a viver ao menos naquele dia. (CHIARA LUBICH, "Saber perder", Editora Cidade Nova, Parede, 1994, pg. 63)

quinta-feira, 13 de março de 2008


Viver a Sua vida...
Uma só coisa é necessária:
amar Jesus,
seguir os Seus passos,
apoiarmo-nos na Sua mão,
viver a Sua vida.
Beato Carlos de Foucauld

quarta-feira, 12 de março de 2008

... tenho fome e sede de Vós
Tarde Vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Vós estáveis dentro de mim, mas eu estava fora, e aí Vos procurava; com o meu espírito deformado, lan­çava-me sobre as coisas formosas que criastes. Estáveis comigo e eu não estava convosco.
Retinha-me longe de Vós aquilo que não existiria se não existisse em Vós. Chamastes, clamastes e rompestes a minha surdez. Brilhastes, resplandecestes e curastes a minha cegueira. Exalastes sobre mim o vosso perfume: aspirei-o profundamente, e agora suspiro por Vós. Saboreei-Vos, e tenho fome e sede de Vós. Tocastes-me, e comecei a desejar ardentemente a vossa paz».
Santo Agostinho de Hipona
(Comentário ao Cântico da Carta aos Efésios)