segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Serva de Deus 
MARCELINA Vélez Bustamante
Mártir da Guerra Civil de Espanha
Século XX - Espanha
Memória litúrgica 7 de Outubro
Marcelina Vélez Bustamante, naceu em Torrenueva (Ciudad Real), a 22 de Janeiro de 1895, na Rua do Hospital. Puseram-lhe os nomes de Marcelina, Rosario, Anastasia, Vicenta, María Jesús, Dolores de la Santísima Trinidad. Filha de Julián Vélez y Vélez e de Consuelo Bustamante Caballero. Faleceu, segundo acta de óbito expedida pelo Ministerio da Justicia, no dia 7 de Outubro de 1936, no cemintério de Valdepeñas, ao ser fusilada pelas milicias marxistas, em união de Marcos Velasco Guzmán e de Neófito de Lamo.
Passou a maior parte da sua vida em Santa Cruz de Mudela, com um familiar: María Rosario Laguna Laguna, que a teve sempre como a uma filha.
Foi uma mulher muito avançada para a sua época, pois era muito decidida para tudo. Gostava de montar a cavalo e vestir de amazona, o que nos seus tempos era impropio de uma mulher, pois era a única no povo que se atrevia a usar calças. Como vivia no seio de uma família ilustre e muito cristã, a sua vida estava dedicada a fazer obras de caridade: visitando doentes, socorrendo os necessitados, ajudando em quantas obras benéficas se promovíam na sua terra; quase sempre acompanhando sua tia Rosario. Com a morte da sua tia, a 28 de Outubre de 1929, dedicou-se a fazer crescer, assistir consolidar as Juventudes da Acção Católica. Desde a morte da sua tia Rosário, viveu com o seu irmão Ramón Vélez Bustamante, advogado e Presidente da Acção Católica de Santa Cruz de Mudela, e com outra irmã, María del Sagrario.
Ao chegar a Guerra Civil, no ano 1936, encontravam-se os três em Madrid e uma criada que tinham tido, novia do chefe das Milicias de Santa Cruz de Mudela, irmão do Presidente da Câmara, Antonio Urquijo, denunciou-os, pelo que foram detidos em Madrid, no mês de Agosto, e levados de volta para Santa Cruz de Mudela. A seu irmão Ramón fusilaram-no no camino do cemitério de Vicálvaro (Madrid), juntamente com a sua irmã Maria del Sagrario, morrendo os dois abraçados. A ela, Marcelina, mantiveram-sa encerrada durante muitos dias em Santa Cruz de Mudela, em casa dos Senhores Ortega, que tinha sido preparada para seu cárcere e de vários presos mais, pois as dependênsias do Pósito, estarem demasiado cheias de presos, segundo o relacto de familiares dos detidos, colocados num quarto próximo ao de Marcelina. As horas prévias ao fusilamiento, ouviram-na gritar, soluçar e quechar-se, tanto durante a noite como ao tirá-la para a conduzirem ao fuzilamiento em Valdepeñas. Pensa-se que foi maltratada e martirizada, sofrendo todo tipo de abusos e ultrajes físicos e psicológicos, inclusivamente tendo sido ferida. Durante a prisão submeteram-na a muitas humilhações e obrigaram-na a assinar documentos para que fizesse doação da sua fortuna.

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