segunda-feira, 25 de maio de 2009

Visita das Reliquias
de Santa Margarida Maria Alacoque

à nossa Arquidiocese
Na tarde de Domingo (24 de Maio), vindas da diocese de Portalegre e Castelo Branco, chegaram à nossa arquidiocese as relíquias de Santa Margarida Maria Alacoque, e ao final do dia de amanhã (26 de Maio), depois de visitarem várias paróquias da nossa arquidiocese, partem para a diocese do Algarve.

Santa Margarida Maria Alacoque, monja francesa do século XVII, da Ordem da Visitação do mosteiro de Paray-le-Monial, foi a protagonista das aparições do Sagrado Coração de Jesus.
Senhor Jesus,
que o Vosso Coração
seja para mim força no combate,
apoio na minha fraqueza,
Luz e Guia nas trevas,
emenda dos meus defeitos,
santificação das minhas acções e intenções.
Ó Coração de Jesus,
consumi em Vós
tudo o que eu sou e tenho,
e coloca em mim o que é Vosso:
transformai-me em Vós.
Quero viver apenas de Vós e para Vós.
Por isso, sede a minha vida,
o meu amor e o meu Tudo.
Santa Margarida Maria Alacoque

SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS QUE TANTO NOS AMAIS,
FAZEI QUE EU VOS AME SEMPRE CADA VEZ MAIS.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Da Homilia do Cardeal Saraiva Martins
na celebração aniversária
do cinquentenário do Cristo Rei


Este é o monumento da paz e lembra-nos que a paz é uma das exigências maiores do tempo actual, deve lembrar-nos que a paz tem de ser construída não pelos canhões, não pelas armas, mas pelo amor, pelo respeito do homem e da sua dignidade, dos seus direitos fundamentais, das suas aspirações. Só assim contribuiremos para construir realmente a paz, fundada na justiça, na verdade, não no ódio, não na desigualdade, não na desconfiança. Esta é uma lição que nos dá hoje o monumento ao Cristo Rei.
Peçamos a Cristo Rei que nos fortaleça o coração, para, impelidos pelo seu amor, lutar sempre, com coragem e entusiasmo, para libertar a sociedade do nosso tempo, como se exprimem os bispos portugueses, da escravidão e da injustiça, para ser defensores da vida em todas as circunstâncias, desde o seu início até ao seu fim natural, ser capazes de perdão, estar atentos à salvaguarda da criação, ser construtores da paz e arautos de esperança.
Peçamos ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria, em especial, pelos jovens de hoje, para que fortes e generosos na fé, sejam sempre, como recordava João Paulo II, as “sentinelas da manhã” e se comprometam com o Evangelho, aguardando, fortes na esperança, o alvorecer da nova civilização do amor (cf NMI, n.9), aguardando o alvorecer de um mundo novo, mais justo, mais humano e, por isso mesmo, mais cristão.
Almada, 17 de Maio de 2009
Cardeal José Saraiva Martins

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O silêncio do coração
Guarda o silêncio do coração, e não prestes atenção nem consideração aos pensamentos estranhos a Deus. Simplesmente não respondas aos pensamentos ilícitos; despreza-os, afasta-os com alegria para longe de ti e fecha quase com violência o teu coração.
Guarda-o no silêncio para que nada entre ali senão com Aquele que só deve ser o objecto do teu pensamento Jesus-Deus. Que só Ele seja o habitante do teu coração, que jamais o abandone.
Lanspergio, monge Cartuxo (1489/90-1539)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

"É assim que a vou seduzir:
ao deserto a conduzirei,
para lhe falar ao coração"

(Os 2, 16)
.
A alegria do silêncio
Quanta utilidade e gozo divinos trazem a solidão e o silêncio do deserto aos seus enamorados, só o sabem aqueles que o saborearam.
Aqui os homens ardentes podem, sempre que o desejam, entrar e permanecer no seu interior, fazer germinar vigorosamente as virtudes e alimentar-se permanentemente com os frutos do paraíso.
Aqui procura-se activamente aquele olho cujo límpido olhar fere o Esposo de amor, o amor puro e transparente que vê a Deus.
Aqui pratica-se um descanso muito ocupado e repousa-se numa tranquila actividade.
Aqui, pelo esforço do combate, concede Deus aos seus atletas a esperada recompensa: a paz que o mundo ignora e o gozo no Espírito Santo.
São Bruno da Cartuxa
(Carta a Raúl, 6)

sábado, 2 de maio de 2009

Oração pelas Vocações
arquidiocese de ÉvoraDeus eterno e Omnipotente,
respondendo ao Vosso apelo, nós Vos pedimos:
continuai a chamar operários para a Vossa Messe.
Concedei à Vossa Igreja de Évora,
muitas e santas vocações:
sacerdotais, monásticas, religiosas e missionárias.
Senhor da Messe:
abrasai com o fogo do Vosso Amor, todos os consagrados.
Tornai-os testemunhas vivas do Vosso Evangelho.
Que na fraternidade e na alegria,
manifestem luminosamente,
a sua entrega radical e generosa
a Vós e aos irmãos.
Dai àqueles a quem chamais,
um coração generoso para acolher o Vosso chamamento,
força para "lutar" contra as adversidades,
entusiasmo para dizer "Sim"
e alegria para Vos seguir
a exemplo de Maria Imaculada.
Nós Vo-Lo pedimos, Pai Santo,
por Jesus Cristo, Vosso Filho,
na força do Espírito Santo.
Amen.

46ª Semana de Oração pelas Vocações
(26 de Abril a 3 de Maio de 2009)
"Sei em quem pus a minha confiança"
(2Tm 1, 12)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

PALAVRA DE VIDA
Maio de 2009
Chiara Lubich
«Como bons administradores das várias graças de Deus, cada um de vós ponha ao serviço dos outros o dom que recebeu» (I Pe 4, 10).
A Edite, cega de nascença, vive, com outras invisuais, numa casa cujo capelão já não pode celebrar a Missa, pois ficou paralisado das pernas. Por esse motivo, foi decidido tirar-se Jesus Eucaristia da casa. A Edite apelou ao bispo, para que 0 deixassem ficar, pois era a única luz nas trevas em que vivem. Obteve a autorização e também a licença para ser ela mesma a distribuir a Comunhão às suas colegas e ao capelão.
Desejosa de ser útil aos outros, a Edite conseguiu também ter à sua disposição, durante algumas horas, o tempo de emissão de uma estação particular de rádio. Serve-se dele para oferecer aquilo que tem de melhor: conselhos, pensamentos válidos, esclarecimentos morais. Conforta, com a sua experiencia, aqueles que sofrem. A Edite... e poderia contar mais coisas sobre ela. E é cega, mas o sofrimento iluminou-a.
Mas quantos outros exemplos teria para vos contar! O bem existe e não faz barulho. A Edite, no fundo, vive simplesmente como cristã: sabe que cada um de nos recebeu alguns talentos e pode pô-los ao serviço dos outros.
Sim, porque por "talento" ou "dom" (ou "carisma", como se costuma dizer, usando a palavra grega) não se entende só aquelas graças com que Deus enriquece as pessoas que devem governar a Igreja. Nem sequer são apenas aqueles dons extraordinários que Ele manda directamente a um ou outro fiel, para o bem de todos, quando considera que é necessário remediar, na Igreja, situações excepcionais ou perigos graves, para os quais não são suficientes as instituições eclesiásticas. São exemplos destes a sabedoria, a ciência, o dom dos milagres, falar línguas, o carisma de suscitar uma nova espiritualidade na Igreja e outros ainda.
Mas dons, ou carismas, podem ser qualidades mais simples, que muitas pessoas possuem e que se notam só pelo bem que produzem. O Espírito Santo trabalha. Além disso, também se podem chamar dons ou carismas aos talentos naturais. Portanto, toda a gente é dotada. Também cada um de nós.
E que uso lhes devemos dar?
Temos que pensar como fazê-los render. Foram-nos dados, não para nós próprios, mas precisamente para o bem de todos.
«Como bons administradores das várias graças de Deus, cada um de vós ponha ao serviço dos outros o dom que recebeu»
(I Pe 4, 10).
É muito grande a variedade dos dons. Cada um de nós tem o seu e, por isso, tem uma função específica na comunidade. E qual será o caso pessoal de cada um?
Tens algum diploma? Nunca penaste em pôr à disposição, de quem não sabe ou que não tem meios para estudar, algumas horas semanais de ensinamento?
Tens um coração particularmente generoso? Nunca pensaste em mobilizar forças ainda válidas em favor de gente pobre ou marginalizada, ressuscitando assim, no coração de muitos, o sentido da dignidade do homem? (…)
Tens dotes particulares para confortar o próximo? Ou para arrumar a casa, para cozinhar, para fazer vestuário útil com pouco dinheiro, ou para trabalhos manuais? Olha ao teu redor e vê quem precisa de ti.
Sinto muita pena quando vejo que há gente que procura e ensina a preencher o "tempo livre". Nós, cristãos, não temos tempo livre enquanto houver sobre a Terra um doente, um faminto, um prisioneiro, um ignorante, alguém com dúvidas ou triste, um drogado, (…) um órfão, uma viúva...
E não acham que a oração é um dom formidável que podemos utilizar, já que a todo o momento nos podemos dirigir a Deus, presente em toda a parte? (…)
«Como bons administradores das várias graças de Deus, cada um de vós ponha ao serviço dos outros o dom que recebeu» (I Pe 4, 10).
Imaginem agora a Igreja em que todos os cristãos, crianças e adultos, fazem tudo o que podem para pôr à disposição dos outros os seus dons?
O amor recíproco adquiriria uma tal consistência, uma tal amplitude e relevo, que (…) poderiam reconhecer, através dele, os discípulos de Cristo. (…)
E, então, se o resultado era esse, por que motivo não fazemos tudo o que está ao nosso alcance para o conseguir?
Palavra de Vida,
Janeiro de 1979, publicada integralmente em Essere la, Tua Parola. Chiara Lubich e cristiani di tutto il mondo, vol. I, Città Nuova, Roma 1980, pp. 157-159.