quinta-feira, 17 de setembro de 2009

«Se alguém me tem amor,
há-de guardar a minha palavra;
e o meu Pai o amará,
Nós viremos a ele
e nele faremos
a nossa morada»
(Jo 14, 23).
«Pode-se conceber a vida interior propriamente dita como uma verdadeira interpenetração, cada dia mais perfeita e mais consciente, da alma por Deus e de Deus pela alma. Deus, no mais íntimo da alma; a alma, no mais íntimo de Deus. Deus e a alma amando-se profunda e mutuamente, dizendo-o e provando-o sem cessar de mil maneiras. Deus e a alma sem abandonar-se, nunca, e interessando-se sempre um pelo outro. Deus e a alma possuindo-se plenamente, gostando-se mutuamente de maneira inefável, de modo que a alma se converte no paraíso de Deus, e Deus converte-se, dentro deste mundo, no paraíso da alma; e tudo isto, uma vez mas, aumentando cada dia sem medida. Assim poderíamos definir a verda­deira vida interior: "Se conhecesses o dom de Deus..."»
JEAN RÉMY, “Isabel de la Trinidad y la oración”, Sal Terrae, Santander, 2005, pg. 169

Sem comentários: