quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

JESUS CRISTO,
Tu estavas sempre em mim
e eu não o sabia.
Tu estavas comigo
e eu não Te procurava.
Tendo-Te descoberto,
ardia em mim o desejo
de que fosses tudo na minha vida.
Ardia em mim um fogo.
Mas frequentemente
voltava a esquecer-Te.
E Tu continuavas a amar-me.
Les sources de Taizé

sábado, 26 de janeiro de 2008

Ó MEU DEUS,
instrui-me segundo a Tua Vontade,
para que eu a cumpra,
pois é disso que mais preciso.
Ó meu Deus,
instrui-me não só sobre o que Tu queres,
mas também sobre o que Tu és,
porque quanto mais eu Te conhecer,
mais Te amarei,
amar-Te é o meu primeiro dever,
a coisa que acima de tudo queres de mim
e que é também

a minha grande necessidade.
E, juntamente com a Luz,
dá-me a força para segui-la, ó meu Deus.
De facto, não basta amar-Te
e conhecer a Tua Vontade;
é preciso ter a coragem de fazer
o que Tu queres de mim.
Dá-me essa força, dá-me essa coragem.
Beato Carlos de Foucauld
SENHOR JESUS,
que o Vosso Coração
seja para mim
força no combate,
apoio na minha fraqueza,
Luz e Guia nas trevas,
emenda dos meus defeitos,
santificação das minhas acções e intenções.
Ó Coração de Jesus,
consumi em Vós
tudo o que eu sou e tenho,
e coloca em mim o que é Vosso:
transformai-me em Vós.
Quero viver apenas de Vós e para Vós.
Por isso, sede a minha vida,
o meu amor e o meu Tudo.
Santa Margarida Maria Alacoque

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

SENHOR DEUS MEU...
Senhor Deus meu, minha única esperança, atende-me e faz com que eu não cesse, por cansaço, de te procurar, mas sempre procure, com ardor, teu rosto.
Diante de ti está a minha força e a minha fraqueza: conserva uma e cura a outra.
Faz que eu me lembre de ti, que te compreenda, que te ame.
Santo Agostinho de Hipona
MAS APESAR DE TUDO...
As pessoas são pouco razoáveis,
ilógicas e egoístas,
MAS APESAR DE TUDO, AMA-AS.
Se fazes o bem,

afirmarão que o fazes por motivos egoístas
e com segundas intenções,
MAS APESAR DE TUDO, FAZ O BEM.
Se tens êxito,

terás falsos amigos e autênticos inimigos,
MAS APESAR DE TUDO, TEM ÊXITO.
As tuas obras cairão de repente no esquecimento,
MAS APESAR DE TUDO, FAZ BOAS OBRAS.
A sinceridade e a franqueza tornam-te vulnerável,
MAS APESAR DE TUDO, SÊ SINCERO E FRANCO.
Aquilo que foste construindo
com os anos, pode destruir-se da noite para o dia,
MAS APESAR DE TUDO, CONSTRÓI.
A tua ajuda é necessária, todavia,
talvez as pessoas te ataquem se as ajudas,
MAS APESAR DE TUDO, AJUDA-AS.
Oferece ao mundo o melhor de ti e te partirão os dentes,
MAS APESAR DE TUDO, OFERECE AO MUNDO O MELHOR DE TI.
beata Teresa de Calcutá

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

... QUEIMA, ARRANCA, CONSOME ...
Desapega o meu coração de tudo,
a fim de ficar livre
para que nada o impeça de Te ver.
Queima a minha vontade,
abaixa o meu orgulho,
Ó Tu tão humilde de coração,
enfim educa-o
para que possa ser a Tua morada amada,
para que venhas repousar nele,
e conversar comigo numa união ideal.
Que este pobre coração
não seja senão um com o teu divino coração,
e para isso queima, arranca, consome tudo o que Te desagrada.
beata Isabel da Trindade

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

FORAM ESCRITAS
POR ISABEL DA TRINDADE
mas expressam o que me vai na alma:
"Ó Jesus, meu Bem-Amado, como é doce amar-Te, pertencer-Te, ter-Te por único Tudo! Que nada me possa distrair de Ti... Que eu seja sempre, sempre, generoso e fiel; pelo menos que nunca me arrependa. Quero cumprir perfeitamente a Tua Vontade, responder à Tua graça; desejo ser santo contigo e para Ti, mas sinto a minha incapacidade, oh! sê a minha santidade. Se alguma vez [me] arrepender, oh! conjuro-Te, suplico-Te: enquanto eu for ainda tudo para Ti, leva-me, faz-me morrer. Toma-me cada vez mais; que tudo em mim Te pertença; quebra, arranca tudo o que Te desagradar para eu tudo seja para Ti".
beata Isabel da Trindade

domingo, 20 de janeiro de 2008

O MISTÉRIO DA TRANSFIGURAÇÃO [1]
No mistério da Transfiguração, a Igreja não celebra apenas a transfiguração de Cristo, mas também a sua própria.
São Paulo usa duas vezes o verbo transfigurar-se (em grego, transfigurar-se e transformar-se são termos equivalentes) com referência aos cristãos, e nas duas vezes indica algo que tem lugar aqui e agora: “transformai-vos pela renovação de vosso espírito” (Rm 12, 2).
O verbo, que é traduzido por “reflectir como em um espelho”, pode ter por si mesmo dois significados. O primeiro, adoptado pelos antigos, é “contemplar como em um espelho”; o segundo, preferido pelos modernos, é “reflectir como um espelho”. No primeiro caso, Cristo é o espelho no qual contemplamos a glória divina, no segundo, nós somos o espelho que, contemplando Cristo reflectimos a glória divina.
A interpretação antiga é às vezes criticada pelo fato de levar a pensar que, desse modo, Cristo seria equiparado ao restante do mundo criado, o qual é também definido como espelho (cf. 1 Cor 13,12), mas nada obriga a pensar que o Apóstolo use o termo no mesmo sentido nos dois textos. Também o homem é imagem de Deus, e no entanto isso não impede o Apóstolo de definir também Cristo como "Imagem de Deus", em um sentido diferente e mais forte. Ambas as nuances mantêm-se, portanto, unidas, como procede uma autorizada tradução moderna da Bíblia que sugere entender a expressão no sentido de que "nós contemplamos e reflectimos", isto é, "reflectimos o que contemplamos".
Segundo o Apóstolo, é preciso ir além. O homem não só reflecte o que contempla, mas transforma-se naquilo que contempla. Con­templando, somos transfigurados na imagem que contemplamos. Trata-se de um pensamento cuja profunda verdade talvez tenhamos hoje melhor aptidão para apreender. Se em determinada época, nos inícios do materialismo científico, afirmava-se: "O homem é aquilo que come", hoje, numa civilização totalmente dominada pela ima­gem e pela comunicação visual, deve-se dizer: "O homem é aquilo que vê". A imagem tem o poder de penetrar não só no corpo, mas na própria alma por meio da fantasia. O olho é "a lâmpada da alma" (cf. Mt 6,22); e é também a porta da alma.
Contemplando Cristo, diz portanto o Apóstolo, nós nos tornamos semelhantes a ele, conformamo-nos a ele, consentimos que seu mun­do, seus propósitos e seus sentimentos se imprimam em nós, que substituam nossos pensamentos, propósitos e sentimentos, que nos façam semelhantes a ele. Ocorre na contemplação o mesmo que na fotografia, e é curioso descobrir que o próprio termo "fotografar" aparece pela primeira vez em um autor bizantino do século XII, precisamente para indicar o que acontece quando a alma contempla o Cristo. "Preservemos" - afirma ele - "com toda a atenção o espelho da alma, no qual usualmente imprime-se e fotografa-se (photeinographein) Jesus Cristo, sabedoria e potência de Deus." Mas não é exactamente o que constatamos por nós mesmos? Certas ima­gens têm o poder de ficar gravadas em nossa mente e nela permane­cer como grafites em muros de cimento.
O Tabor foi o alicerce instituidor e continua a ser o apelo mais forte a essa contemplação de Cristo que transforma. Ele é, por exce­lência, o mistério da contemplação de Jesus. No "monte santo", como o chama São Pedro, os apóstolos foram epóptai, ou seja, contempladores, espectadores, testemunhas oculares da grandeza de Jesus (cf. 2Pd 1,16-18). Em outros mistérios, prevalece a actualização sacramen­tal ou litúrgica; na Transfiguração, prevalece a direcção intencional que é a contemplação. Com efeito, não existe um sacramento para celebrar a Transfiguração, como há para o baptismo de Cristo e pa­ra a sua morte e Ressurreição.
Todavia, não pretendemos contentar-nos em fazer uma simples reflexão sobre o tema da contemplação de Cristo, mas também, tan­to quanto possível por meio das páginas de um livro, uma experiên­cia de contemplação. Nesse caso, queremos igualmente chegar ao "âmago do assunto", sem nos limitar à ideia do facto. Assim, as meditações que reunimos neste livro foram concebidas como outras tantas subidas matutinas ao monte Tabor, com o propósito de pas­sar meia hora "de olhos fitos naquele que é o iniciador da fé e a conduz à realização" (Hb 12,1), retornando depois, revigorados, ao trabalho quotidiano.
O propósito da contemplação consiste precisa­mente em ir além da letra e reviver dentro de si os sentimentos e os estados de espírito: de Jesus, dos apóstolos, do próprio Pai celeste quando proclama: "Este é o meu Filho bem-amado". Os pintores do ícone, representando Moisés e Elias curvados quase como um arco diante de Jesus, convidam-nos a nos identificar com eles, fazendo nossa a sua atitude de adoração ilimitada.

Todo ícone deve reflectir em si a mesma luz que brilhou no Tabor. Todo ícone de Cristo deve levar a entrever o invisível através da imagem do visível, exactamente como a divindade de Cristo transpareceu no Tabor por entre o véu de sua carne.
[1] Cf. Raniero Cantalamessa, “O Mistério da Transfiguração”, Edições Loyola, São Paulo, 2001, pgs. 12-17
PAI, ME ABANDONO A VÓS...
Meu Pai, eu me abandono a Vós.
Fazei de mim o que quizerdes.
Qualquer coisa que faças de mim,
Vos agradeço.
Estou pronto para tudo,
tudo aceito,
contanto que,
em mim e em todas as tuas criaturas,
se cumpra Vossa Vontade,
não desejo outra coisa, meu Deus.
Entrego a minha alma

em Vossas mãos.
Eu Vo-la dou, meu Deus,
com todo o amor de meu coração.
Já que eu Vos amo,
é para mim uma exigência de amor
doar-me a Vós sem reservas, com ilimitada confiança,
pois, Vós sois meu Pai.
beato Carlos de Foucauld

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

GOSTOSA FOME…
Amoroso olhar, ósculo primeiro…
Suave, intenso Fogo que consome.
Sede cristalina, gostosa fome…
Amor… que não pode ser passageiro.

Celeste, Incansável Jardineiro.
Estrela Matutina que não dorme.
Luz Refulgente, saborosa fome…
Amor… Eterno e Fiel Companheiro.

Viver, não pode, este girassol,
sem Vosso Amor, Esperançoso Amante,
sem Vossa Graça, Luminoso Sol.

Viver, não pode, Refrescante Fonte,
sem Vossa Água Viva, o girassol,
sem Vosso Olhar, Toque e Beijo abrasante.
P. Marcelino José Moreno Caldeira
6 de Agosto de 2007
Festa da TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR
SENHOR Deus meu,
minha única esperança,
atende-me
e faz com que eu não cesse,
por cansaço, de te procurar,
mas sempre procure,
com ardor, teu rosto.
Diante de ti está a minha força
e a minha fraqueza:
conserva uma e cura a outra.
Faz que eu me lembre de ti,
que te compreenda, que te ame.
Santo Agostinho de Hipona

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Ó DEUS,
do qual apartar-se é cair,
ao qual voltar é ressurgir,
no qual permanecer é subsistir.
Deus,
que ninguém perde
se não está enganado,
que ninguém procura
se não é chamado,
que ninguém encontra
se não está purificado...
Faz que eu me conheça a mim
e te conheça a ti!

Santo Agostinho de Hipona

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

A MINHA ALMA
tem saudade de ti, Senhor,
e com lágrimas te procuro.
Vê a minha aflição
e ilumina as minhas trevas,
a fim de que a minha alma se regozije.
Como poderei esquecer-me de ti?
O teu olhar sereno e suave
cativou-me a alma,
e o meu espírito se regozijava
no paraíso onde eu via o teu rosto.
Silvano do Monte Athos (monge)