quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Abri as portas a Cristo!
Não temais, não tenhais medo:
Escancarai o coração ao Amor de Deus.

1. Testemunha de Esperança, para quem espera a salvação,
peregrino por amor, pelos caminhos do mundo.

2. Verdadeiro Pai dos jovens, enviaste pelo mundo,
sentinela da manhã, sinal vivo de esperança.

3. Testemunha da Fé, que anunciaste com a vida,
firme e forte na prova, confirmaste os teus irmãos.

4. Ensinastes para cada homem a beleza da vida
indicando a família como um sinal de amor.

...


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

"... o forte desejo de entrar em união de vida com Deus, abandonando tudo o demais, tudo aquilo que impede esta comunhão e deixando-se aprisionar do imenso amor de Deus para viver só deste amor.
... vós haveis encontrado o tesouro escondido, a pérola de grande valor (cf. Mt 13, 44-46), haveis respondido com radicalidade ao convite de Jesus: "Se queres ser perfeito, vai, vende aquilo que possuis, dá-o aos pobres e terá um tesouro no céu, depois vem e segue-me!" (Mt 19, 21).
O monge, deixando tudo, por assim dizer "arrisca-se": expõe-se à solidão e ao silêncio para não viver de outra coisa que do essencial, e vivendo no essencial encontra uma profunda comunhão com os irmãos, com cada homem.

... vós que viveis num voluntário isolamento, estais na realidade no coração da Igreja, e fazeis circular nas suas veias o sangue puro da contemplação e do amor de Deus."
Bento XVI, «Celebração de Vésperas»
na Igreja da Cartuxa da Serra de São Bruno (9 de Outubro de 2011)

Tradução do Italiano ao Português da responsabilidade do autor deste blog.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Senhor, fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde há ódio, que eu leve o Amor;
Onde há ofensa, que eu leve o Perdão;
Onde há discórdia, que eu leve a União;
Onde há dúvida, que eu leve a Fé.
Onde há erro, que eu leve a Verdade;
Onde há desespero, que eu leve a Esperança;
Onde há tristeza, que eu leve a Alegria;
Onde há trevas, que eu leve a Luz.
Oh Mestre, fazei que eu procure menos
ser consolado do que consolar,
ser compreendido do que compreender,
ser amado do que amar.
Porque é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
é morrendo que se ressuscita para a Vida Eterna.
São Francisco de Assis

sábado, 1 de outubro de 2011

PALAVRA DE VIDA
Outubro de 2011
Chiara Lubich
«Segue-me!» (Mt 9, 9).
Quando saía de Cafarnaum, Jesus viu um cobrador de impostos, chamado Mateus, sentado no posto de cobrança. Mateus estava a exercer um cargo que as pessoas consideravam odioso e que o identificava com os usurários e os exploradores, que enriqueciam à custa dos outros. Os escribas e os fariseus punham-no no mesmo plano dos pecadores públicos, a ponto de censurarem Jesus por ser «amigo de cobradores de impostos e pecadores» e por comer com eles (cf. Mt 11, 19; 9, 10-11).
Jesus, indo contra toda a convenção social, chamou Mateus a segui-Lo e aceitou jantar na sua casa, como faria mais tarde com Zaqueu, o chefe dos cobradores de impostos de Jericó. Ao pedirem-Lhe explicações sobre este comportamento, Jesus disse que Ele veio para curar os doentes, e não para os que têm saúde. Veio chamar, não os justos, mas os pecadores.
E o seu convite, desta vez, era dirigido precisamente a um deles: «Segue-me!».
Jesus já tinha dirigido esta Palavra a André, Pedro, Tiago e João, nas margens do lago. O mesmo convite, com outras palavras, dirigiu também a Paulo, no caminho de Damasco.
Mas Jesus não ficou por ali. Ao longo dos séculos continuou a chamar, para O seguirem, homens e mulheres de todos os povos e nações. E faz isso ainda hoje: passa na nossa vida, encontra-nos em lugares diferentes, de modos diferentes, e faz-nos sentir novamente o Seu convite a segui-Lo.
Chama-nos a estar com Ele, porque quer estabelecer conosco um relacionamento pessoal, e, ao mesmo tempo, convida-nos a colaborar com Ele no grande projeto de uma humanidade nova.
Não se importa com as nossas fraquezas, os nossos pecados, as nossas misérias. Ele ama-nos e escolhe-nos tal como somos. É o Seu amor que nos irá transformar e dar a força para Lhe responder e a coragem para O seguir, como fez Mateus. E, para cada um, Ele tem um amor, um projeto de vida, um chamamento particular. Sentimos isso no coração, através de uma inspiração do Espírito Santo ou através de determinadas circunstâncias, de um conselho, de uma indicação de um amigo nosso… Embora manifestando-se nos modos mais variados, é a mesma Palavra que ressoa:
«Segue-me!» (Mt 9, 9).
Lembro-me quando, também eu, senti esse chamamento de Deus. Foi numa manhã frigidíssima de inverno, em Trento. A minha mãe pediu à minha irmã mais nova para ir buscar o leite, a dois quilómetros de casa. Mas estava muito frio e ela não foi. Também a minha outra irmã se recusou a ir. Então eu adiantei-me: «Vou eu, mãe», disse-lhe, e peguei na garrafa. Saí de casa e, a meio do caminho, aconteceu um facto um pouco especial: pareceu-me que o Céu se estava a abrir e que Deus me convidava a segui-Lo. «Dá-te toda a Mim», ouvi no meu coração.
Era o chamamento explícito, a que desejei responder imediatamente. Falei disso ao meu confessor e ele permitiu que me desse a Deus para sempre. Era o dia 7 de dezembro de 1943. Jamais poderei descrever o que se passou dentro de mim, naquele dia: tinha desposado Deus. Podia esperar tudo Dele.
«Segue-me!» (Mt 9, 9).
Esta Palavra não se refere só ao momento determinante da decisão da nossa vida. Jesus continua a dirigi-la a nós, todos os dias. «Segue-me!», parece sugerir-nos perante os mais simples deveres quotidianos: «segue-me» naquela dificuldade a abraçar, naquela tentação a vencer, naquele trabalho a fazer…
Como responder-lhe concretamente?
Fazendo aquilo que Deus quer de nós no momento presente. O que traz consigo, sempre, uma graça particular. O que temos a fazer neste mês deve ser, portanto, entregarmo-nos à vontade de Deus com toda a decisão. Darmo-nos ao irmão e à irmã que devemos amar, ao trabalho, ao estudo, à oração, ao descanso, à actividade que devemos realizar. Temos que aprender a ouvir a voz de Deus no fundo do coração. Ele fala também através da voz da consciência. Esta diz-nos aquilo que Deus quer de nós em cada momento. Mas temos que estar prontos a sacrificar tudo o resto para o realizar.
«Faz com que Te amemos, ó Deus, cada dia um pouco mais. Mas, porque podem ser demasiado poucos os dias que nos restam, faz com que Te amemos, em cada momento presente, com todo o coração, toda a alma e todas as forças, naquela que é a Tua vontade».
Este é o melhor método para seguir Jesus.
Palavra de Vida, Junho de 2005, publicada em Cidade Nova, 2005/06, p. 16.