quinta-feira, 28 de junho de 2012


“Jesus, realmente presente no Sacramento do Altar com o supremo Sacrifício do amor da Cruz doa-se a nós, em forma de alimento, para nos tornar semelhantes a Ele e fazer-nos entrar em comunhão com Ele. Através desta comunhão nos unimos também entre nós, tornando-nos um só n’Ele e membros uns dos outros."
(Bento XVI, Saudação aos participantes no Congresso Eucarístico Internacional de Dublin, 13 de Junho 2012)



sexta-feira, 15 de junho de 2012


Jornada de Oração pela Santificação dos Sacerdotes
ORAÇÃO PELOS SACERDOTES
(oração indulgenciada por S. Pio X em 03/03/1905)
Ó Jesus, Pontífice Eterno, Divino Sacrificador,
Vós que, no Vosso incomparável amor,
deixastes sair do Vosso Sagrado Coração o sacerdócio cristão,
dignai-Vos derramar, nos Vossos sacerdotes,
as ondas vivificantes do Amor infinito.
Vivei neles, transformai-os em Vós,
tornai-os, pela Vossa graça,
instrumentos de Vossas Misericórdias.
Actuai neles e por eles,
e fazei que, revestidos inteiramente de Vós
pela fiel imitação de Vossas adoráveis virtudes,
operem, em Vosso nome e pela força de Vosso espírito,
as obras que Vós mesmo realizastes para a salvação do mundo.
Divino Redentor das almas,
vede como é grande a multidão dos que dormem ainda nas trevas do erro;
contai o número dessas ovelhas infiéis que ladeiam os precipícios;
considerai a multidão dos pobres, dos famintos,
dos ignorantes e dos fracos que gemem ao abandono.
Voltai para nós por intermédio dos Vossos sacerdotes.
Revivei neles; atuai por eles,
e passai de novo através do mundo, ensinando, perdoando, consolando, sacrificando,
e reatando os laços sagrados do amor entre o Coração de Deus e o coração humano.
Amém.
Do livro «O Sagrado Coração e o Sacerdócio», de Madre Luísa Margarida Claret de La Touche

quarta-feira, 13 de junho de 2012


“A linguagem é viva, quando falam as obras.
Cessem, portanto, as palavras
e falem as obras.”
Santo António de Lisboa


sexta-feira, 1 de junho de 2012

Palavra de Vida
Junho de 2012
Chiara Lubich
«Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará» (Jo 6, 27).
Depois de ter dado de comer às multidões com a multiplicação dos pães, perto do lago de Tiberíades, Jesus tinha-Se transferido em segredo para a outra margem, na zona de Cafarnaum, para Se ocultar da multidão que O queria fazer rei. Mesmo assim, muitas pessoas tinham começado a procurá-Lo e tinham-No encontrado. Mas Jesus não aceita o seu entusiasmo demasiado interesseiro. Eles tinham comido o pão milagroso, mas detiveram-se na mera dádiva material sem compreenderem o significado profundo daquele pão. Através do pão, Jesus revela-se como o enviado do Pai, para dar a verdadeira vida ao mundo. Mas eles veem em Jesus apenas um taumaturgo, um Messias terreno, capaz de lhes arranjar o alimento material em abundância e a bom preço. É neste contexto que Jesus lhes dirige a palavra:
«Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará»
(Jo 6, 27).O “alimento que não desaparece” é a própria pessoa de Jesus e é também o Seu ensinamento, uma vez que o ensinamento de Jesus é uma coisa só com a Sua pessoa. E, lendo mais à frente outras palavras de Jesus, verifica-se que este “pão que não desaparece” se identifica também com o corpo eucarístico de Jesus. Pode então dizer-se que o “pão que não desaparece” é Jesus em pessoa. É Ele que Se doa a nós na Sua Palavra e na Eucaristia.
«Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará» (Jo 6, 27).
A imagem do pão surge frequentemente na Bíblia, como aliás a da água. O pão e a água representam os alimentos primários, indispensáveis para a vida do homem. Ora, Jesus, aplicando a Si mesmo a imagem do pão, quer dizer que a Sua pessoa, o Seu ensinamento, são indispensáveis para a vida espiritual do homem, tal como o pão é indispensável para a vida do corpo.
O pão material é, sem dúvida, necessário. O próprio Jesus o distribui milagrosamente às multidões. Mas só por si não basta. O homem traz em si mesmo – talvez sem se dar perfeitamente conta disso – uma fome de verdade, de justiça, de bondade, de amor, de pureza, de luz, de paz, de alegria, de infinito, de eterno, que nada neste mundo é capaz de satisfazer. Jesus propõe-se a Si mesmo como Aquele que é o único capaz de saciar a fome interior de cada pessoa.
«Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará» (Jo 6, 27).
Mas, ao apresentar-se como o “pão de vida”, Jesus não se limita a afirmar a necessidade de nos nutrirmos d’Ele, isto é, que é necessário acreditar nas Suas Palavras para termos a vida eterna. Jesus quer impelir-nos a fazer a experiência d’Ele. Na verdade, Ele, com a Palavra: «Trabalhai pelo alimento que não desaparece», faz um insistente convite. Diz que é necessário arregaçar as mangas, pôr em ação todos os meios possíveis para obter este alimento. Jesus não se impõe, mas quer ser descoberto, quer ser experimentado.
Claro que o homem, só com as suas forças, não é capaz de atingir Jesus. Só o pode fazer por uma graça de Deus. Todavia, Jesus convida continuamente o homem a dispor-se para aceitar a dádiva de Si mesmo, que Jesus lhe quer fazer. E é precisamente esforçando-se por pôr em prática a Sua Palavra, que o homem chega à fé plena n’Ele. Chega a saborear a Sua Palavra, como quem saboreia um pão fresco e apetitoso.
«Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará» (Jo 6, 27).
A Palavra deste mês não tem por objetivo um ponto especial do ensinamento de Jesus (como, por exemplo, o perdão das ofensas, o desapego das riquezas, etc.), mas reconduz-nos à própria raiz da vida cristã, que é a nossa relação pessoal com Jesus.
Penso que quem começou a viver com empenho a Sua Palavra e, sobretudo, o mandamento do amor ao próximo, síntese de todas as palavras de Deus e de todos os mandamentos, verifica, pelo menos um pouco, que Jesus é o “pão” da sua vida, capaz de saciar os desejos do seu coração. É a fonte da sua alegria, da sua luz. Pondo-a em prática, já chegou a saborear a Palavra, ao menos um pouco, como a verdadeira resposta para os problemas da humanidade e do mundo. E, dado que Jesus “pão da vida” faz a oferta suprema de Si mesmo na Eucaristia, vai espontaneamente receber com amor a Eucaristia, que ocupa um lugar importante na sua vida.
É necessário, então, que aqueles de nós que fizeram esta estupenda experiência, com o mesmo zelo com que Jesus incita a trabalhar pelo “pão da vida”, não guarde para si a sua descoberta, mas a comunique a outros, para que muitos encontrem em Jesus aquilo que desde sempre procuraram. É um ato de amor enorme que podemos fazer aos outros, para que também eles possam conhecer o que é a verdadeira vida, já nesta Terra, e tenham a vida que não morre. E que mais se poderá desejar?
Publicada em Città Nuova, 1985/14, pp. 10-11.